Opinião, Polêmica e Conspiração
"A voz da sabedoria diz que quando acontece uma coisa ruim, daquelas que machuca profundamente, só o tempo para aliviar a dor e o sofrimento, pois ele é o senhor da razão..."
E foi assim...
Em 2005, quando a primeira queda para a série B, do novo século. A sensação do inacreditável passava por todos os torcedores presentes naquele dia. Ali, víamos um comportamento exemplar do torcedor. Nada de invasão, nada de quebrar cadeiras, nem geladeiras, fritadeiras, estufas e outros aparelhos dos amigos prestadores de serviço de alimentação.
Nada.
Passamos por 2006 e com ele a continuidade naquela divisão. Mesmo assim, nenhum relato de invasão. Para uns a dor só aumentava. Para outros, o amor dava lugar ao ódio. A política, mais do que interesseira, encontrou o momento ideal para trabalhar e usou dos seus artifícios para fazer-nos acreditar que um mundo melhor estaria por vir, com a saída do então presidente, Giovani Gionédis.
Teremos, sim, a queda à Série B decretada em 2005 e o fracasso da campanha da volta em 2006 como nódoas indeléveis no currículo do nosso Glorioso.
Portanto, aventureiros, cautela!
Voltar à Série A não é prêmio, mas pagamento de dívida.
E o título da Série B não será conquista, mas parte da compensação.
Porém, os danos e as cicatrizes deixados jamais desaparecerão: são indeléveis e serão inesquecíveis.
Para que nunca mais repitamos o erro e, muito menos!, para que insistamos nele.
Coritiba, vencer é teu destino!
Escrito ao final de 2007, o texto acima bem demonstrou a vontade do torcedor, sempre passional.
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Chegamos em 2009, ano de Centenário. E novamente, por mais que tenhamos pedido para isso nunca mais acontecer, a queda para a 2ª divisão. O Couto Pereira naquele 06/12/2009 foi a demonstração prática da explosão de um barril de pólvora. Ninguém queria acreditar, fosse na queda, na invasão do gramado, nas cenas que todos vimos por muitas vezes.
Tenho que frisar: O Coritiba caiu. Depois, a torcida explodiu.
E deu no que deu. Multa e punição em 10 mandos, válidos somente para a competição nacional. Cumprimos um estadual perfeito, ainda jogando em nossos domínios. Carimbamos o 34º título com aquele time que seria a atual base, dando mostras que as coisas mudariam. Ainda no final desse ano, eis que surge Vilson Ribeiro de Andrade, integrante da atual diretoria desde 2008 e agora como vice presidente, aparece com a vontade e o compromisso de fazer um novo Coritiba.
Chegamos em 2010 com uma das missões mais complicadas da história de um clube de futebol: jogar longe de seus domínios e com a obrigação em retornar para a série A. Com a "nova diretoria" comandada por Vilson, o Coritiba regressou para a série A de maneira implacável.
E eu não ouvi nada parecido, tampouco similar nem com mesma ênfase ao "subiu porque caiu". Quer dizer, o silêncio e/ou a conivência daqueles que anteriormente criticaram, denotam o reconhecimento consciente da culpa, ainda que a vaidade não lhes deixe abrir a boca, para uma simples demonstração de humildade.
Contrariando o "subiu porque caiu", o mérito era o objeto de maior uso. Mérito aos jogadores, ao técnico, ao depto de futebol, à diretoria, ao Vilson.
Repito então a frase escrita em 2007: "Porém, os danos e as cicatrizes deixados jamais desaparecerão: são indeléveis e serão inesquecíveis."
E reforço: muito mais indeléveis e inesquecíveis serão os acontecimentos de dezembro de 2009, ano de nosso centenário.
Eis que chegamos em 2011.
Atingimos a marca excepcional de 20.000 sócios. O desempenho dentro de campo reflete o planejamento e sua execução no número constante do crescimento de sócios. E isso é bom, pois mostra que muitos acompanham o Coritiba e que voltaram a acreditar e a confiar no clube.
Obviamente a liderança de Vilson faz a diferença. Homem de negócios, Vilson demonstra uma qualidade que o presidente anterior, Gionédis, possui. O domínio da ciência da Administração. Isso é um fato sem comparações.
Vilson leva vantagem no modelo organizacional implantado. Não é difícil perceber que o Coritiba está em franca modificação para se tornar um clube empresa, coisa que Gionédis tentou começar, mas não conseguiu terminar.
A onda positiva que nos toma hoje é fruto do acreditar, da fé racional do atual vice presidente e isso só demonstra que a evolução é continua, mesmo que lenta.
Quer dizer, aquilo que Gionédis um dia iniciou, pôde finalmente ser implementado por Vilson e logo irá se consolidar.
Para ambos, o meu muito obrigado principalmente pela demonstração racional de que podemos sim ser um clube grande, forte e respeitado.
Acreditar que cada dia é um dia,
que cada passo dado adiante é importante,
rumo ao objetivo perseguido com raça e com vontade...
Acreditar é a principal mensagem para todos nós,
não importa raça, credo, visão política.
Porque somos todos torcedores e sócios,
somos todos jogadores, treinador e comissão técnica,
somos todos conselheiros e diretores.
Somos todos
CORITIBA FOOT BALL CLUB
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