Opinião, Polêmica e Conspiração
Eu queria muito ser um torcedor comum, sem nenhuma ligação com os bastidores do esporte que movimenta uma massa enorme de pessoas e que é usado para manipulação dessa massa.
Hoje pela manhã vinha refletindo sobre a pessoa que decide ser jornalista e segue o ramo esportivo. De inicio, tenta de toda maneira acompanhar o clube do seu coração, porém por força da profissão se vê exercendo a profissão amada dentro do rival, perfeitamente normal eu diria. Só que quando começam as interações com os presidentes, empresários e jogadores também nos bastidores, não existe um jornalista/repórter que permaneça com a chama de torcedor acesa.
Essa chama dá lugar para a esperança e alimenta assim, pequenos momentos, lampejos, instantes que o profissional queria que seu clube se desse bem de alguma maneira, aparecesse como ele queria que aparecesse, fosse grande como ele pensa que é e mais, por exemplo, sem as dívidas que ele sabe que o clube tem.
Isso mexeu comigo, porque como torcedor acompanho como posso o dia-a-dia do clube. Quando da saída do Pedroso, depois Marcelo Oliveira e do posterior pedido do Ximenes para sair do clube, é possível notar que as épocas destacam a queda de desempenho do time. E vejo o Vilson sozinho.
Sozinho.
A esperança, o brilho nos olhos me é renovado quando entro no Couto ou quando me preparo para assistir na TV o Coritiba jogar.
Com o passar do tempo no jogo, o brilho se torna opaco, a esperança vai pelo ralo face o desempenho pífio, horrível, moribundo, esdrúxulo, ridículo, vergonhoso e limitado do time.
Acaba sobrando um pouco para o árbitro quando aponta uma infração verdadeira e um pouco para o próprio time, em particular àquele atleta que erra o passe, o chute em gol, o posicionamento na defesa. Acaba por permanecer a sensação de que reclamar, contestar, xingar não vai resultar em algo concreto.
E meu amigo, quando a limitação se faz presente, não há jargão que faça a história mudar, como por exemplo é o caso de "jogar com o coração no bico da chuteira".
Quando se percebe que os jogadores dentro de campo, mesmo que bem distribuidos e com cada um tomando conta do seu terreno, se tornam um amontoado, fica impossível chamá-los de time, grupo, conjunto.
É um barco com 11 jogadores e cada um rema para um lado e, claro, não chegam a lugar algum.
xxx
O Coritiba precisa urgentemente de um jogador que se convença do clube que pertence e chame para si a responsabilidade, para que a confiança quando ele estiver em campo, transcenda os limites do estádio.
É assim com o Santos de Neymar, o Fluminense de Fred, o Corinthians de Paulinho e foi assim com o Atlético-PR de Alex Mineiro, o Botafogo de Tulio, o Flamengo de Zico, o Vasco de Roberto Dinamite...
Agora me diga: quem no atual elenco do Coritiba tem capacidade e coragem para assumir essa responsabilidade?
Onde foi parar a ALMA GUERREIRA do time?
SAV
RODRIGO
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