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Rodrigo Sibut Vieira23/09/13, 12h34
Opinião, Polêmica e Conspiração

Futebol é resultado!

Sim, futebol é resultado, claro, positivo. E essa é uma situação que o Coritiba não tem atingido com a frequência que a torcida espera, talvez por isso que todas as movimentações divulgadas pela imprensa até o momento nos mostrem um Coritiba que parece um barco à deriva, abandonado e sem comando.

Como fator de referência e comparação, desde a última partida contra o Grêmio, na casa deles, o Coritiba pelo campeonato brasileiro teve uma única vitória, em casa e contra o São Paulo, na época ainda combalido, porque se fosse contra o São Paulo treinado pelo Muricy, a certeza de derrota contra eles seria maior.

Passam as rodadas e os resultados positivos não aparecem, aqueles mesmos resultados que no inicio da competição levaram o Coritiba a permanecer por 10 rodadas no G4, passando assim a segurança momentânea de que seria nesse ano que veríamos o Coritiba se classificar para uma competição internacional de grande importância, como é a Copa Libertadores da América.

Mas não é isso que se apresenta hoje. Um time que parece entrar já cansado em campo, parecendo sem vontade alguma e que realiza as partidas demonstrando um comportamento de que está sendo obrigado a entrar em campo, para não passar o ridículo de perder por WO.

Para piorar, o torcedor assiste a saída do vice presidente de futebol, que alegou ter problemas particulares, mas de maneira não oficial a causa raiz foram os problemas relacionados com o superintendente Felipe Ximenes, segundo o jornal. Adicione a isso as várias fotos de atletas que circulam pelas redes sociais, em seus momentos de lazer na noite curitibana, abusando da bebida alcoólica. O torcedor sabe que o atleta também é humano e que como tal, deve cuidar do seu bem mais precioso, seu corpo pois é daí que ele retira o seu sustento. Por fim, o presidente do clube presta declarações que não haveria tanta cobrança assim se o principal rival local não estivesse numa posição melhor que a do Coritiba.

Tudo isso é o que o torcedor ouve e enxerga e por isso cobra com razão.

Sem resultado, o primeiro a ser cobrado é o técnico. Não adianta, essa é a cultura brasileira. A minha ótica é que o nosso técnico tem conhecimento e não peca porque quer, mas sim porque inicia a sua vivência do futebol profissional pelo Coritiba.

Como o Alex já falou que o técnico é quem menos culpa tem e com a saída de Paulo Tomaz de Aquino, as atenções se voltaram para Felipe Ximenes, pois mesmo que uma equipe de doze profissionais decida, é ele quem negocia as idas e vindas dos atletas do Coritiba. O que mais tem chamado atenção são os atuais atletas que deixam muito a desejar, quando comparados com os vários outros já negociados como por exemplo Éverton Ribeiro, Leandro Donizete, Marcos Aurélio e Léo Gago.

Outra situação que contribuiu é a alta ocorrência de atletas em tratamento médico. Mesmo que vários outros times sofram talvez na mesma proporção, o torcedor alviverde só tem olhos para o Coritiba e não entende como pode haver cerca de um time inteiro em tratamento: Leandro Almeida, Deivid, Anderson Aquino, Geraldo, Willian, Uelliton, Bill, Keirrison, Jackson, Sergio Manoel e Raphael Lucas. Essa grande quantidade de atletas leva o torcedor a perguntar tanto pela qualidade do atleta como do trabalho físico e fisiológico feito.

O Alex já externou que o calendário do futebol brasileiro é desumano, tendo apoio em outros companheiros como o Juninho do Vasco e Seedorf do Botafogo. Da mesma maneira coloco que eles todos sabiam que era assim que funcionava o futebol brasileiro e mesmo assim se propuseram a jogar aqui. Cabe então ao clube oferecer a estrutura para que eles tenham condições de atuar, dentro dos seus limites físicos e assim, possam então escolher quais partidas estarão presentes.

Portanto entendo que não há um culpado, mas sim uma somatória de fatores que levam hoje o Coritiba a se posicionar em décimo segundo na tabela do campeonato brasileiro e, como continuidade, não deixa uma boa perspectiva para as próximas rodadas. Como fato estão as pífias campanhas de times considerados grandes, como Flamengo, Vasco e Internacional.

Que venha a Sul-Americana e que com ela, o Coritiba possa no Couto Pereira se apresentar melhor contra o colombiano Itagüi.

Porque é isso que o torcedor quer ver, resultado positivo e de preferência, um título de expressão e sem que pelo menos uma dessas coisas aconteça com certa frequencia, a cobrança tende a aumentar.

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RODRIGO

Rodrigo Sibut Vieira

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