Opinião, Polêmica e Conspiração
Passado os clássicos e com o 2º turno para começar, quero tocar num assunto que é do seu interesse também: a briga de torcidas.
Discute-se há muito (mas muito) tempo sobre as brigas que envolvem torcedores de clubes de futebol. As notícias, que deveriam figurar nas páginas de esportes dos veículos de informação, na realidade aparecem nas páginas policiais acompanhadas da tristeza que é ver um torcedor morto por ter-se envolvido em briga com a torcida do time adversário.
E não foi diferente neste final de semana. Se por um lado, o Ministério Público em conjunto com os dirigentes do Grêmio tomaram atitudes severas, por outro, um torcedor do Corinthians pagou com a vida após uma briga com torcedores do Palmeiras. Detalhe: "Inclusive um dos responsáveis conhecia ele. Que jogou bola com ele. Morou lá na vila. Todo mundo conhece esse cara", falou o pai da vítima.
Vejam: o vizinho e companheiro de jogo de bola no campinho, no passado, está envolvido diretamente no problema.
O futuro da torcida está comprometido? Se pensarmos de maneira fria e calculista, sim. E qual ou quais seriam os principais pontos causadores desse problema? Ordem cultural/financeira? Falta de respeito? Ou ainda ausência da família?
Uma coisa é certa: as diferenças passaram a ser bem menos toleradas e isso inclui uma das coisas que o torcedor mais gosta de fazer, que é tirar um sarro daquele seu amigo, do seu colega de trabalho, do aluno e/ou professor, vizinho, cunhado, pai, avô.
É inacreditável ver que um mesmo grupo de pessoas que torce unido pela seleção de futebol, ou ainda jogam bola juntos quando em sua infância, no momento seguinte, se separam e chegam a brigar quando o assunto é o torcer pelo time local.
Isso é bonito? Não. Não é.
Quantos torcedores e torcedoras pensam em formar uma família?
Eu quero que meus filhos possam ir ao estádio sem me preocupar. Também não quero que eles se preocupem em, por exemplo, saber se voltarão vivos ou ainda terão o próprio carro destruído em dia de clássico. Pelo contrário, que possam ir ao estádio como em Milão, seja no San Siro (AC Milan) ou no Giuseppe Meazza (Internazionale).
É isso mesmo. Um estádio e dois nomes por conta dos dois times que lá atuam e possuem uma rivalidade igual ou até maior que a existente entre Coritiba e a.paranaense.
É pedir muito? Será que a Itália está tão avançada assim no futebol, comparando com o Brasil?
Por conta da modernidade, futebol é entretenimento.
Futebol é motivo de união e não de segregação.
Futebol é o que faz o Brasil parar e em uníssono gritar GOL!
Pense nisso.
SAV
Rodrigo
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)