Opinião, Polêmica e Conspiração
Senhor presidente Vilson Ribeiro de Andrade, me permita comentar parte da sua entrevista dada às rádios ontem após a partida, quando falou sobre a honestidade no futebol.
Honestidade e futebol são antagônicos, principalmente depois que o esporte passou a ser uma indústria do entretenimento. E como toda indústria visa lucro, os meios para atingir os fins pouco importam.
Ao final da partida fiquei pensando sobre essa tal honestidade e rememorei lances que o Coritiba foi protagonista dessa tal honestidade, como o canetaço dos anos 90 e a final da Copa do Brasil 2012, contra o rebaixado Palmeiras. Quero também ressaltar que essa mesma tal honestidade fez o Fluminense passar da terceira para a primeira divisão.
Não seria hora de rever o processo como um todo? Porque ou se faz alguma coisa ou isso vai ficar igual aos pedágios espalhados pelo país, que sempre necessitam de uma revisão, mas ninguém quer ser o revisor.
Oras, em pleno século XXI e com toda a tecnologia presente, se houvesse honestidade no futebol, haveria necessidade do árbitro e de seus auxiliares?
Os torcedores de uma maneira geral quando vão ao estádio e presenciam um lance como o de ontem, decidido no trilar do apito, exercitam seu lado "deus" ao julgar se a decisão do árbitro foi correta ou não, dentro dos seus critérios de honestidade, mesmo que ela seja correta sob os critérios do próprio árbitro.
"Se ele assumir que errou, pronto. Está perdoado. Somos seres humanos e sujeitos a erros". Concordo presidente, mas você já viu algum árbitro de futebol dizer que está errado, principalmente após a decisão já ter sido tomada?
Toda vez que um lance como o de ontem acontece e da maneira como aconteceu, a graça no futebol morre mais um pouco.
Seja como esporte ou como entretenimento, o caminho que tomou não tem mais volta.
Certo está o Alex, quando comentou em uma entrevista que a CBF é apenas uma sala grande de reuniões e que quem comanda é a rede de TV detentora das transmissões.
Para finalizar, presidente, concordo com você quanto ao seguinte comentário: "É por essas e outras que estou saindo do futebol. Não tenho coragem de enfrentar gente que não tenha dignidade para apitar. A comissão de arbitragem é isenta e ela vai avaliar.".
Só adiciono que não importa o que aconteça daqui por diante com o árbitro, o resultado não mudará.
Resta ao Coritiba, seus atletas, comissão técnica e envolvidos que repensem a maneira como vem jogando, até porque não fossem os resultados contra Portuguesa e Vasco, talvez a repercussão quanto a tal honestidade demonstrada por Péricles Bassols fosse outra.
SAV
RODRIGO
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