Opinião, Polêmica e Conspiração
Commodities, agropecuária e indústria automotiva são alguns exemplos reais de negócios feitos com países como China, Rússia, África do Sul e que de certa maneira acompanha essa mudança. Grãos transgênicos, minério de ferro, carros de ponta e frangos são alguns dos exemplos de items exportados que atendem a uma série de exigências do país que os receberá.
O futebol passa desde muito tempo por um processo de mudança e no Brasil, por mais clara que seja essa mudança, existe uma certa resistência em se ver essa mudança feita por completo.
E ao trazer para o futebol brasileiro, a exportação de atletas também não é uma coisa tão nova. Um exemplo é o próprio Pelé que jogou pelo Santos a sua vida toda, indo terminar a carreira no New York Cosmos, nos Estados Unidos.
A diferença daquela época para a atual não está marcada somente pelo lucro, mas pela quantidade de jogadores exportados a baixo custo e claro, com alto lucro pela famosa qualidade brasileira do atleta. Essa ação a longo prazo acabou por qualificar dois "tipos" de jogadores: os que são exportados e os que ficam.
Os que ficam concorrem num mercado nivelado por baixo, o que me faz lembrar do ditado: "Em terra de cego quem tem um olho é rei".
O resultado é que o tão famoso "futebol arte" não existe mais, do contrário, cede lugar para a escravidão profissional com jogadores de qualidade similar e que tendem, no conjunto da obra, a resultar em partidas equilibradas, quando um dos times não tem aquele que é considerado o craque do time.
Em paralelo, o saudoso torcedor. Ele é aquele responsável por converter filhos e netos para torcer pelo seu time. Ele viu Pelé, Didi, Jairzinho, Rivelino, Carlos Alberto, Zico, Zé Roberto, Fedato, Kruger, dentre outros e quer ver o time que ainda torce, render igual ou melhor do que aquele que ele viu nos anos 60, 70 e/ou 80.
Ele vai ao estádio, junto dos seus e como torcedor se irrita, xinga e vaia seu time, principalmente pela expectativa que ele traz consigo e que espera que seja atendida, o que não acontece, ou não tem acontecido ultimamente com o Coritiba.
Quando vimos o Alex comemorar com o técnico Marquinhos Santos após o belo gol, afastando seus colegas de trabalho, um dos entendimentos desse ato é que a grande maioria dos atletas acreditam piamente que podem render o que o empresário diz e agindo em desobediência, não cumprem as ordens do técnico.
Observe que não estou agindo em defesa do técnico.
Agora se isso realmente acontece no Coritiba, ou se existe a chance disso acontecer, fica claro que os atletas do Coritiba precisam aprender a honrar a camisa que vestem e compreender que ao atuar como um time, vão ter mais vitórias do que derrotas.
E vitórias não representam somente dinheiro no bolso.
Serão vitoriosos como homens que cumpriram com a obrigação para qual se dispuseram.
Atualmente eles representam um time e devem defendê-lo como tal e jogador que faz corpo mole por ordem de seu empresário, para mais adiante mostrar que pode render melhor quando for exigido é se comportar com ganancia, agir como mercenário.
Depois não venham para a imprensa reclamar das vaias e xingamentos da torcida, porque ninguém é idiota.
#FicaDica
SAV
RODRIGO
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