Opinião, Polêmica e Conspiração
A entrevista geralmente tem o propósito de esclarecer quem a vê/ouve com as informações consideradas pertinentes para aquele contexto. Pela busca desse esclarecimento, geralmente é pautada por curiosidades atuais e futuras. O momento e local em que ela é feita também podem tanto colaborar e elevar seu nível, como complicar e até prejudicar o seu conteúdo e assim, conforme as intenções, podem confirmar ou a competência ou a incompetência.
As entrevistas dadas pelos representantes dos clubes geralmente se limitam às coletivas de imprensa, programadas para a semana e normalmente executadas, também, após a execução de cada partida.
Pois bem, voltando um pouco no tempo, tivemos um presidente no clube que em uma de suas entrevistas, falou sobre os pangarés do seu time. Por ter falado isso, Giovani Gionédis é lembrado até hoje, pois a interpretação, de conotação negativa pela maioria, tomou proporções astronômicas. Vale lembrar que a entrevista foi dada após um coletivo com o seu time.
Domingo passado, 26, em Florianópolis, o atual presidente Vilson Ribeiro de Andrade participava de uma entrevista e, ainda em campo, procurava explicar sobre seu ponto de vista, o desastre que tinha acabado de acontecer na derrota do Coritiba frente ao último colocado do campeonato. Nesse contexto ele falou que o Coritiba atuou de maneira medíocre, o Coritiba é medíocre.
Vários são os exemplos de problemas que aconteceram nas entrevistas coletivas, como o caso clássico do então técnico da seleção, Dunga, dirigia palavras a um repórter da rede globo. Trazendo o tema para o nosso estado, outro problema, no meu ponto de vista foi ver a coletiva após a queda, em 2009. Quem se lembra da pessoa que foi lá responder aos jornalistas?
Qual é a relação existente entre essas entrevistas? O lado emocional. O torcedor é o maior exemplo disso, pois logo apresenta seu lado questionador e impulsivo, seja numa interpretação polêmica do árbitro, seja numa substituição errada ou ainda, no mau andamento do seu time durante o campeonato, tudo de acordo com o seu próprio ponto de vista.
Ou seja, ninguém tem sangue de barata e, usar de um momento como esse para denegrir ou exaltar a imagem seja do presidente de um clube ou da sua torcida, depende diretamente de um interesse.
O que isso ensina?
Um caso conhecido é o a.paranaense, que até pouco tempo tem mantido a imprensa longe de seus domínios e o seu mandatário se apresenta quando acha que deve. Ficar longe por alguns momentos tem suas vantagens e desvantagens.
Outra opção é escolher os momentos para prestar uma opinião, a fim de evitar alguns dos dissabores supra citados, ou seja, dar a preferência para prestar declarações em momento oportuno, como numa coletiva, por exemplo.
Obviamente isso não vai tirar o direito do torcedor em continuar a reclamar e criticar. A diferença, penso, é que dificilmente veremos uma nova invasão de gramado, pois o clube saiu muito prejudicado, o que não desabona a diretoria pelo rebaixamento.
SAV
RODRIGO
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