Opinião, Polêmica e Conspiração
Me lembro quando, em 2009, soube da abertura de 6 vagas para o conselho do Coritiba. Fui lá me candidatar, mesmo sabendo que seria quase impossível obter expressão em votos, mas com a certeza de que ao menos tentaria algo.
Sempre questionei algumas coisas sobre o clube e ali naquele momento via a oportunidade de ter algumas respostas.
Não obtive uma quantidade expressiva de votos, mas deixo aqui registrado meu agradecimento aos três conselheiros que em mim acreditaram.
Foi neste dia da eleição que percebi uma outra realidade do clube: Estávamos em 2009, mas com uma estrutura social de 1970. Um verdadeiro conflito entre o âmbito social e o administrativo.
O clube, socialmente falando, parou no tempo. Foi mantido um mesmo estatuto por um longo tempo, sem as necessárias revisões para as possíveis adaptações do clube às novas realidades presentes, como é o atual caso.
É fato que a existência dos conselhos visam proteger o clube, mas quando se olha para o âmbito social, a reforma é mais do que necessária, fazendo com que a existência destes conselhos seja com outra finalidade, ou seja, temos conselheiros demais, muitos presentes mais pelo status do que pelo exercício da função, outros pelo exercício da política.
Estou sempre a observar a presença nas reuniões do conselho que são divulgadas no site oficial e que já foram objeto de um outro post, no passado. Achei a medida brilhante por parte da diretoria administrativa em demonstrar quem são os conselheiros que realmente se importam com o clube e em quais períodos eles estão presentes.
Aliás será que existe um número máximo para a quantidade de justificativas utilizadas ao longo do ano, quando o conselheiro não pôde estar presente nas reuniões? Porque não são divulgados também os pedidos de afastamento dos conselheiros, quando esses pedidos acontecem?
O Conselho Deliberativo é o poder representante dos associados, com a finalidade de orientar e aprovar a gestão dos negócios sociais, pela observância às leis, do Estatuto e ao seu Regimento Interno e é composto por Conselheiros Natos (24), Conselheiros Vitalícios (60) e Conselheiros Eleitos (160), com mandato de 3 (três) anos.
O Conselho Consultivo, composto por membros natos e membros efetivos, sem poder deliberativo, é órgão de aconselhamento e opinião, especialmente sobre matérias atinentes à conservação das tradições éticas,
filosóficas e históricas do Clube. Os membros efetivos, em número de 10 (dez) Titulares e 5 (cinco) Suplentes, serão eleitos pelo Conselho Deliberativo, dentre seus membros.
O Conselho Fiscal, constituído por 5 (cinco) membros Efetivos e 5 (cinco) Suplentes, eleitos dentre os Conselheiros, na forma deste Estatuto, para um mandato de 3 (três) anos, tem como finalidade acompanhar e fiscalizar os atos de gestão praticados pelo Conselho Administrativo e demais órgãos do Clube, exercendo os poderes conferidos por este Estatuto e pelas leis do País.
O Conselho Administrativo é o poder de gerência das atividades do Clube, constituído por 5 (cinco) membros, sendo 1 (um) Presidente, 1 (um) Primeiro Vice-Presidente, 1 (um) Segundo Vice-Presidente, 1 (um) Terceiro Vice-Presidente e 1 (um) Quarto Vice-Presidente, eleitos pela Assembleia Geral na forma prevista no presente Estatuto, sem direito a remuneração.
Fonte: Estatuto do Coritiba
Enxergo a estrutura atual do conselho similar a de um grupo de acionistas, principalmente no poder de decisão sobre o futuro do clube e entendo que de alguma maneira essa estrutura foi boa no passado.
Se vimos o clube dar seu avanço no âmbito administrativo, porque não rever também o âmbito social, incluindo as suas responsabilidades?
Para finalizar essa primeira parte lembro que para mexer nessa estrutura conselheira, antes é necessário rever o estatuto, pois é necessário cuidado para que ninguém se sinta lesado.
Continua...
SAV
RODRIGO
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