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Rodrigo Sibut Vieira11/07/11, 10h00
Opinião, Polêmica e Conspiração

Veritatis Simplex Oratio

"A verdade dispensa enfeites" é a tradução para a frase em latim, título deste post.

Pois é amigo torcedor, o que acontece com o Coritiba?

O time jogou, contra o Grêmio, um primeiro tempo melhor. Diria até de uma forma superior, mostrando que seguia a cartilha do seu comandante, podendo este ser o técnico ou não, enquanto que no segundo tempo, por conta da afobação e de detalhes que não costumam acontecer com a mesma frequência que vem acontecendo, o time se portou de forma infantil e amadora.

Analisando o caso como torcedor, parto primeiro pela lista de relacionados que nos traz:

Goleiros: Edson Bastos, Vanderlei;
Laterais: Jonas, Eltinho, Maranhão;
Zagueiros: Pereira, Emerson, Jeci, Lucas Mendes;
Volantes: Marcos Paulo, Gil, Léo Gago;
Meias: Tcheco, Everton Ribeiro;
Atacantes: Anderson Aquino, Bill, Everton Costa, Leonardo, Marcos Aurélio.

Como somente 7 jogadores podem compor o banco de reservas, quem ficou de fora foi o zagueiro Lucas Mendes. E assim o banco do Coritiba ficou com: Vanderlei, Maranhão, Jeci, Gil, Everton Ribeiro, Anderson Aquino e Bill.

O zagueiro Lucas Mendes vinha sendo escalado até pouco tempo atrás para jogar de forma improvisada na esquerda, enquanto Eltinho, lateral de ofício, se recuperava. E até agora pelo visto não temos um substituto já que não temos visto ou ouvido se quer ser cogitada a contratação de um lateral esquerdo, seguindo o exemplo da lateral direita onde temos Jonas e Maranhão. E não é de hoje que é pela esquerda da nossa defesa que saem a maioria dos gols adversários.

Com tudo o que o Demerson apresentou e vinha apresentando quando escalado, sinceramente não entendo porque ainda vemos Jeci na lista de relacionados.

Agora pra mim, o caso mais grave está na inconsistência da escalação de Marcos Paulo. Ultimamente sempre que o Coritiba entra em campo precisando de um resultado importante, este jogador aparece. Ainda está difícil esquecer da sua atuação na final da Copa do Brasil, aqui no Couto e agora adiciona-se a partida de hoje, no gramado gaúcho.

Leandro Donizete está machucado ou cansado de atuar nos gramados do Coritiba?
E o Djair, por onde anda?

Por fim, alguém aí sentiu falta do Davi? Eu não.

Na minha opinião, os cartuchos da argumentação do técnico estão no fim. Mesmo assim, não acredito que Marcelo Oliveira seja responsável direto pela escalação de Marcos Paulo. Basta pegar seus comentários, na análise postada no site oficial.

1- "Um gol do Coxa no primeiro tempo e nós teríamos outro jogo" - A conjugação verbal do comentário expressa a realidade: futuro do passado, situação que poderia existir caso algo acontecesse. Sobrou incompetência no ataque, pelas chances que foram apresentadas.

2- "Nós nos preparamos para vencer, mas o Grêmio é um time de tradição que precisava se recuperar dentro de casa. E nós não conseguimos marcar, criamos oportunidades, mas o gol não saiu. Isso definiu o jogo" - Infelizmente o Coritiba tem o estigma de recuperar times considerados "mortos". Foi assim com o Cruzeiro e agora com o Grêmio e ao longo da história alviverde podem-se ter mais desses vários casos inexplicáveis.

3- "O comportamento técnico na hora de sair é uma das coisas que eu acho que poderia ter sido diferente" - Não dá mais pra ficar no "achismo" com todo esse tempo sendo assim sem modificação tática e/ou comportamental dentro de campo. Desde praticamente o final da Copa do Brasil o Coritiba tem mostrado sérias dificuldades na saída de bola. Praticamente 100% dos adversários marcam a saída de bola do Coritiba, o que curiosamente falando, foi ensinado pelo time alviverde com o posicionamento de Bill. A fragilidade está em que o adversário marca a saída com 2, até 3 jogadores espremendo a nossa defesa enquanto que, na hora de fazermos o mesmo, só aparece o Bill.

O que tem se tornado uma prática atual é esperar tomar o primeiro gol para então, realizar uma substituição. Pra que serve o rádio intercomunicador que o técnico e seu assistente utilizam então?

Pra finalizar, se temos um capitão em campo, é ele quem deve se dirigir ao árbitro e contestar a marcação dessa ou daquela infração caso necessário. Porque tem muito jogador reclamando, mas desempenhar seu futebol que é bom, não acontece na mesma proporção.

Jogador de futebol e dinheiro sempre andam juntos, quase que numa relação simbiótica. A diferença é que a alteração no desempenho do jogador para "ruim", não altera o seu salário no final do mês, ao passo que outras portas podem se abrir de forma astronômica, se o desempenho e a performance superarem o esperado.

Como o momento atual do Coritiba se baseia no profissionalismo, que desempenho e resultado sejam cobrados, bem como recompensados da mesma forma, porque no mundo profissional, não se pode errar com a mesma frequência que vemos vários de nossos jogadores errando.

Que fique claro que a análise fala sobre, o que eu como torcedor vejo do Coritiba e sua atuação em campo. Acredito que uma renovação precisa ser feita quando falo dos profissionais que atuam em campo, os jogadores. E renovação vai desde negociar o passe de um ou mais jogadores do atual elenco e trazer jogadores que estejam dispostos a contribuir com o Coritiba.

A base de incentivo está em lembrar que eles tem a oportunidade de estar num time, cuja torcida acredita e muito no seu potencial, haja vista tudo o que se passou nos últimos 3 anos e a julgar pela tradição, jogar no Coritiba não é para qualquer um.

Ser hegemonia estadual está provado e como torcedor eu quero mais. Parte desse sentimento, veio com o vice campeonato da Copa do Brasil.

Aliás infelizmente ser vice e ser último, no Brasil, é praticamente a mesma coisa. Um verdadeiro prato cheio para a crítica.

Agora, poucos enxergam e admitem o esforço gasto para a disputa de um torneio ou de um campeonato e de seu título, mesmo que esse título possa se traduzir em um segundo lugar, ou seja, somente vice.

Muitos dirão: "Também não é assim. O Coritiba ainda tem muito o que crescer, muito para mostrar e conquistar".

O que digo: futebol, para mim, torcedor, é resultado e pouquíssimos são os casos onde uma derrota se explica de forma positiva, mas muitos são os casos onde uma vitória esconde um problema.

Existe problema? Que este seja resolvido, porque ler e ouvir a mesma coisa, no dia seguinte à derrota, cansa.

Aonde o Coritiba quer chegar jogando assim?

SAV
Rodrigo

Rodrigo Sibut Vieira

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