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Panelinha Coxa-Branca
O Coritiba se classificou para a grande final do campeonato paranaense após superar o seu rival pelo placar agregado de 3x2 nos dois jogos da semifinal. Para realizarmos uma análise concisa a respeito dos jogos, precisaremos separar em 3 partes análise: Belíssima leitura de jogo de Gustavo Morínigo; destaques individuais em ambas as partidas; o que esses jogos refletem para o restante da temporada.
Iniciaremos pela grandíssima participação de Gustavo Morínigo em ambos os jogos, já que o treinador paraguaio vinha sendo contestado por alguns membros da torcida diante do futebol pouco convincente até então. O time alviverde entrou em campo disposto de forma diferente! Utilizando Warley na lateral direita para implementar uma imprevisibilidade em relação ao lado predominante na fase ofensiva, Morinigio criou um desconforto no time rubro-negro, que se viu extremamente fragilizado em decorrência do excesso de subidas ofensivas pelo lado esquerdo com Abner - faixa do campo em que mais tivemos liberdade para jogar com Alef Manga - e com um meio campo frouxo defensivamente, o qual não deu uma sustentação e cobertura necessária para segurar os contra ataques alviverdes. Explorando esse desequilíbrio no time adversário, o treinador coxa-branca tomou conta de todas as fases do jogo e assistiu seu time levar gols decorrentes de falhas individuais, eximindo (em partes) sua culpa nas fatalidades ocorridas. Em ambos os jogos pudemos ver um Coritiba seguro, capaz inclusive de aumentar o marcador com diversas oportunidades em contra-ataques rápidos, incisivos e sempre explorando uma ligação direta extremamente consciente, propiciando ainda mais o fator surpresa contra o time adversário.
Superada as analises táticas, se faz necessário enfatizar com todas as letras possíveis a entrega de absolutamente todos os jogadores dentro de campo! Os jogadores brigaram por absolutamente todas as bolas dentro de campo e suaram sangue por 180 minutos em busca da classificação. Se por determinados momentos durante o campeonato paranaense houve a dúvida quanto a dedicação e vontade de determinados atletas, no clássico sobrou entrega por parte de absolutamente todos que participaram das partidas. Destaque para a partidassa de Alex Muralha, goleiro extremamente contestado pela torcida coxa-branca que vem demonstrando um crescimento visível – queimando a língua de quem vos escreve – em todos os aspectos necessários para termos segurança em nosso goleiro titular. Muralha foi fundamental nas transições diretas do time coxa-branca, em vários lances encontrou Igor Paixão ou Leo Gamalho em situações favoráveis de ataque, ocasionando chances claras ou perigosas de gol!
O segundo destaque da partida só pode ser ele: Alef Manga! Para uns peladeiro, para outros mediano, mas no final do dia ele é a cara do Coritiba. Um jogador que respeita todos os requisitos para se tornar o queridinho da torcida, vem fazendo jus a sua fama e se tornou o carrasco do time de baixo da cidade. Alef notoriamente não é um jogador que se sobressai pela grandíssima qualidade técnica, no entanto, demonstrou nas duas partidas do clássico que estrela é o que não falta para o camisa 11 coxa-branca!
Por fim, o que esses jogos significam para a sequência da temporada coxa-branca? De forma objetiva respondemos que pouco. Visualizando o copo meio cheio, jogamos com autoridade contra um time de serie A, que tem um calendário extenso para temporada de 2022! Olhando o copo meio vazio, jogamos contra um freguês que borra as calças só de pisar num gramado em que o time adversário está vestindo verde e branco.
Como o autor do texto é extremamente otimista, prefiro adotar o discurso de que praticamos um futebol seguro e se conseguirmos aprimorar ainda mais esse futebol com as contratações feitas, temos bons frutos a serem colhidos no final de 2022.
E você torcedor, o que achou da classificação do verdão?
Assinado: Vitor Menezes
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