
Pitaco
A Maracugina já está acabando... E o tempo passa lento demais. Deixei meu velho Nokia que eu uso como radinho nos dias de jogos dentro do bolso da minha jaqueta do Coritiba, junto com a camisa 2 de goleiro do ano passado, aquela branca com a listra verde. Meu boné já tá ali também, porque faz parte da indumentária das decisões. Aqui no trabalho ninguém entende o meu mutismo, minha ansiedade, meu nervosismo, eles me vêem como um torcedor tresloucado, um apaixonado que tem uma bandeira enorme pendurada na parede e uma faixa de campeão na cadeira. Passam perto de mim e com um olhar me dizem instintivamente que torcem por mim e pelo Coritiba. Os adeptos dos rivais não falam nada, só me evitam. Já me programei para chegar ao estádio às 18 horas, ocupando meu lugarzinho em frente ao mastro da bandeira e tomando minha cerveja gelada, esperando os amigos chegarem para resenhar sobre o que mais importa, o Coritiba Foot Ball Club. É o momento mais gostoso, mais interessante, esse do ritual de decisões. A confiança é grande, mas não quer dizer que isso se traduza em arrogância, em dizer que vamos passar por cima do Palmeiras. Se traduz na confiança de quem é otimista e acredita naqueles que hoje entram em campo para honrar a camisa ALVIVERDE acima de tudo. Vanderlei, Ayrton, Demerson, Pereira, Lucas Mendes, William, Sergio Manoel, Everton Ribeiro, Rafinha, Roberto, Everton Costa... Esses que hoje vão para o jogo e que certamente terão o apoio de mais de trinta mil COXAS DOIDOS no Estádio Major Antônio Couto Pereira... E que certamente comemorarão como doidos uma conquista inédita do futebol paranaense, coroando o trabalho e a dedicação de muitos. Placar para hoje? Não sei, tanto faz, desde que a gente comemore no final.
Hoje é o nosso dia, NAÇÃO ALVIVERDE!!! Que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, nos ilumine e nos dê a chance de sermos CAMPEÕES DA COPA DO BRASIL!!!
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)