
Pitaco
Já estamos no mês de junho praticamente, quase metade de um ano. Desde o início da temporada, o Coritiba não tem padrão de jogo, sequer tem um esquema tático definido para chamar de seu. Iniciamos o ano jogando com atletas da categoria de base, investimos na promoção desses jogadores. Chegamos a uma final de estadual com muita folga e tudo se encaminhava para a conquista da competição sem a necessidade de finais. Fracassamos no segundo turno, deixamos para um arremedo de time, uma afronta de um megalomaníaco que quis bater de frente com a federação por conta de vaidade. Quase entregamos um título ganho, que se levarmos em conta o adversário, era mais do que obrigatório conquistar. E no fim, os meninos da base, na hora de comer o mignon depois de tanto roerem o osso, ficaram de fora das finais. Prestem atenção: fomos TETRA, é verdade. Mas com as calças na mão, especificamente por não termos apresentado um futebol condizente no segundo turno.
O que ninguém aguenta mais é ver jogador andando em campo, como se nada mais importasse para ele. Ver a falta de vibração daqueles que deviam dar o sangue, simplesmente por vestirem a camisa do clube mais importante e mais tradicional do estado. Óbvio, em alguns jogos deu gosto de ver o Coritiba em campo, mas na sua grande maioria foi aquela morosidade irritante e aquela lentidão revoltante. Para nós, torcedores, é uma vergonha ver gente que sequer tem qualidade para jogar num Avaí hoje vestir a camisa do Coritiba Foot Ball Club. Não, não vou citar ninguém, porque nem isso eu me dou ao trabalho de fazê-lo. E a displicência tomou conta do elenco, que no auge da minha síndrome de perseguição, acredita ver esses jogadores rindo e debochando do nosso sofrimento.
A verdade é que hoje temos um elenco submisso a um comando superior até ao do treinador. Com a exceção do Alex, que fala o que bem entende (eu esperava que o Tcheco também fosse mais contundente), o restante acata ordens de cima. Se hoje vemos um treinador que se submete ao mesmo comando, vem a explicação do porquê de não termos um técnico de renome e vencedor comandando esse grupo. Exatamente por talvez não se curvar e não ter autonomia nas suas decisões.
A verdade é que, nesse caso, o treinador é o que menos tem culpa nisso tudo, já que acata o que lhe é pedido, ou seja, mantém seu emprego por ser fiel ao seu presidente e ao seu comandante direto. Basta analisar os treinadores que aqui estiveram na era VRA: Ney Franco, Marcelo Oliveira e Marquinhos Santos, todos técnicos semelhantes em comportamento e conduta. Imaginem então se colocarmos aqui o exemplo do Levir Culpi ou Celso Roth, dois caras que não sucumbem a nada exatamente por terem uma carreira consagrada (são apenas exemplos, e não sugestões para contratação)? Imagine um Luxemburgo (EXEMPLO, não sugestão, por favor) vindo para cá? Impossível!!!
O que aconteceu com o time d'Alma Guerreira? O que aconteceu com o time que nunca pára de lutar?
Muita coisa tem que mudar, a mentalidade vencedora não virá com a filosofia que hoje temos. Porque já está acostumada com o planejamento e a execução das ações. Respeito muito o presidente Vilson Ribeiro de Andrade, mas é preciso dar um chute na mesa. Chega de me pedir paciência, chega de ser conformado, naquele pensamento "perdemos mas é preciso incentivar e comprar o peixe do planejamento", chega de desculpas. Eu sei que é difícil de chegar ao bicampeonato brasileiro, mas é imprescindível fazer um bom papel para beliscarmos uma vaga na Libertadores. Sim, porque está mais do que na hora de parar de ser coadjuvante e começar a agir como time grande. Será que exigir mais empenho e mais coerência é pecado? Será que uma nação inteira é obrigada a sofrer com a falta de vontade e o excesso de confiança de um time que se julga superior a todos? Pelo menos é essa a impressão que eu tenho.
Nós só queremos um Coritiba vencedor e raçudo. Chega de displicência. Chega de moleza. O Brasileiro começa domingo e a hora é agora!!!
#Coritiba-Acima-De-Tudo
Enquanto as ofensas e impropérios ficavam restritas aos comentários do site, eu até entendia. Percebia que, na maioria dos casos, era por conta da cabeça quente de alguns ou da falta de educação e cordialidade mesmo. Entendia ser normal e aceitável, até porque o site tem cadastrado os dados de todos que aqui comentam. É fácil enquadrar qualquer situação mais grave (ainda bem que não foi o caso até agora e eu espero que continue assim).
Mas quando a coisa ultrapassa as fronteiras dos comentários e caminha para o anonimato e a covardia, é ai que a gente começa a pensar e analisar se vale a pena continuar.
O futebol deixou de ser divertido, de ser alegre, para ser violento em todos os aspectos. Ver um companheiro de site ser ameaçado por um email apócrifo é uma vergonha, uma brincadeira de mau gosto. Eu lamento muito que isso tenha acontecido, que a gente precise chegar a esse ponto.
Fica aqui meu apoio, ainda que virtual, ao Ricardo. Já está mais do que na hora de todos se acalmarem e passar a se respeitar mais. Ninguém ganha nada com isso, só perde.
Por favor: mais tolerância e respeito. Não custa nada!
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