
Pitaco
Três jogos para esquecer. Corinthians, Vasco e Cruzeiro. Foram três demonstrações claras de como NÃO jogar futebol. Fomos moles, sem vontade, sem raça e sem motivação. E perdemos. Ficamos na primeira divisão porque o Fluminense empatou com o Sport. Precisávamos apenas de um mísero ponto e não o conseguimos. Pode ser que ele venha na última rodada, mas ai é tarde, já não precisamos mais. Nessas alturas nem interessa muito se ficamos na elite. E sim COMO ficamos. O C.A. Paranaense subiu com as calças na mão? É verdade. Mas nós ficamos com as calças na mão. E toda a munição que a gente tinha para tirar sarro do rival foi por água abaixo (para mim não importa muito, mas torcedor é torcedor) por responsabilidade total do nosso "time".
Ganhar do Figueirense não vai apagar a humilhação que sofreu a nação alviverde. Estávamos em fim de temporada mesmo, com jogadores preocupados com as férias, dirigentes se programando para o ano que vem, comissão técnica acomodada e crente que o pior já tinha passado. Só a torcida (ou parte dela) estava realmente preocupada com os resultados, para permanecer na série A com mais conforto. A responsabilidade sobre o atual momento deve ser dividida entre todos, e não recair somente em um setor do clube.
E esperamos, sinceramente, que a diretoria saiba administrar bem o elenco e até a comissão técnica para o ano que vem. Na minha opinião, a comissão técnica que ai está não tem estofo e experiência ainda para comandar o elenco principal do Coritiba, pelo menos nesse momento. Talvez somente no Estadual. E o meu medo é que o Estadual mascare os problemas que o clube tem, já que o nível técnico é ridículo. Todo ano é assim, o pessoal se ilude com a campanha de início de ano e a gente paga o preço no fim da temporada.
Ou pode ser diferente, Marquinhos Santos pode promover uma revolução e mostrar que tem qualidade. Capacidade ele tem, resta saber se o psicológico dele aguenta. Seja como for, eu vou apoiar e incentivar sempre que puder, até porque o Coritiba Foot Ball Club merece todo o meu respeito e devoção.
Futebol é, sempre foi e sempre será MOMENTO. É lógico que a gente procura agir de acordo com nossas emoções, com nossas convicções passionais, mas é evidente que chega uma hora em que é preciso fazer uma avaliação acerca da viabilidade da manutenção de jogadores e até componentes de comissão técnica, por exemplo. Poderíamos estender até a diretoria, porque não?
Hoje a gente se depara com a hora de decidir o que e como fazer no próximo ano. E é difícil decidir. Mesmo tendo todas as informações, todos os dados, mesmo assim parece complicada a função de quem decide a questão. Hoje, alguns jogadores não rendem nada. Em outro momento isso pode mudar. Cito um exemplo clássico, Everton Ribeiro. Quando aqui chegou, até se adaptar, foi difícil vê-lo em campo. Chegou a tropeçar na bola num jogo contra o Londrina, se não me engano. E hoje se transforma em imprescindível (pelo menos para a diretoria). Posto antes ocupado por Rafinha. Rafinha hoje é cobrado por ter caído de produção, alguns o acusam de corpo mole. Se um dia foi unanimidade, hoje alguns já admitem que é melhor sair.
O que eu tenho certeza é que, se Rafinha ou qualquer outro jogador, optarem por sair, será porque quiseram. Se o atleta não quer sair, ele não sai. Basta que cumpra o contrato. Se o atleta optar por sair, tenho certeza também que a diretoria não criará nenhum empecilho. Basta que o clube interessado entre em acordo com o Coritiba e pronto, tudo resolvido.
Falta somente que as pessoas entendam: a gente não pode ficar aqui lançando suposições sobre A ou B. Quem sabe das coisas e dos bastidores tem a resposta para tudo o que acontece lá. Se sair ou não, tem explicação. Porque às vezes parece que a diretoria nunca acerta e o jogador sempre é mercenário, e não é bem assim. Ninguém contrata pensando em dar errado. E não se pode sair por ai rescindindo contrato de jogador que não rende, causando assim ônus para o clube, que tem que arcar com a multa rescisória integral. Nessas horas é preciso ter calma e sensatez, apesar de que o futebol apresentado por alguns nos tire totalmente do sério.
Eu citei dois jogadores, Rafinha e Everton Ribeiro. Meu palpite? Rafinha sai e Everton Ribeiro fica. Mas é só um palpite. E eu espero que a lista aumente, sem contudo citar nomes. Tanto para ficar (poucos) como para ir embora (muitos).
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