
Pitaco
Já está mais do que evidente a forma como o Coritiba joga. Sempre uma linha de quatro jogadores atrás, com os laterais funcionando como zagueiros ao invés de alas, dois volantes pegadores no meio, três meias e um atacante isolado. Salvo algumas modificações pontuais, como a entrada do Ayrton no lugar do Jonas, por exemplo, é assim que a gente entra em campo. Essa forma defensivista é algo que foi definido pela própria diretoria, um conceito formulado de cima para baixo. O treinador foi escolhido porque a idéia era jogar assim, os atletas que chegam são indicados pela diretoria, enfim, tudo é decidido na cúpula superior. O que não inviabiliza o trabalho feito até agora. Todos nós sabemos que o Coritiba chegou a duas finais consecutivas de Copa do Brasil, que hoje manda no futebol paranaense, que é o único clube do estado na primeira divisão (que não quer dizer nada, até porque os adversários cairam por incompetência DELES). Mas daí achar que está tudo bem por causa desses fatores vai uma distância muito grande.
O futebol é ingrato, a bola pune. O que fazer para evitar mais uma queda? Torcer!!! Porque ao que parece nada será feito para mudar. Não estou a criticar essa postura, eu apenas lamento que a gente tenha chegado a essa condição. E esse "restinho" de ano vai ser sofrido, minha gente. Basta ver que até o presidente anda perdendo a paciência com a torcida, o que eu considero natural, afinal ninguém tem sangue de barata.
Essa sequência de jogos que temos pela frente vai ser um teste para cardíacos. Eu estou meio assustado, espero que os resultados positivos venham, vou torcer e acreditar. Mas se não vierem, acende a luz vermelha (e todo mundo aqui sabe o quanto a gente detesta o vermelho) e não mais a amarela, já que o turno está acabando e a gente não somou tantos pontos quanto gostaríamos. É pra refletir...
Vendo as notícias que chegam (mesmo as mais tendenciosas) eu me assusto: DOZE desfalques!!! E o caso que chama mais a atenção é o de Rafinha. Porque todo ano é a mesma coisa, chega próximo a completar o limite de jogos que o regulamento determina para que exista uma transferência, e o atleta sofre alguma contusão. Tomara que seja uma coincidência, quero crer que é, mas a impressão que dá é que ele se poupa para não estourar o limite e poder se transferir quando surge uma oferta mais atraente. Sem querer cometer injustiças, mas ano passado tivemos também o caso do Davi e do próprio Aquino, que também foram poupados. E sempre nos momentos em que o Coritiba mais precisa de jogadores talentosos. É no mínimo estranho, embora eu entenda (e até aceite) essa prática. Mas será que a torcida inteira acha isso normal? Até porque o atleta assina contrato para atuar enquanto existe a vigência do mesmo, certo? Situação complicada...
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)