Por trás da Notícia
A imagem acima (com o perdão do erro ortográfico) resume o que pensam as torcidas dos times de fora do "eixo RJ-SP" - composto pelos oito mais badalados clubes desses estados que, juntos, detêm a grande maioria dos títulos nacionais e internacionais do futebol nacional, porém nem sempre com méritos próprios.
Tenho para mim que não fossem as influências externas - oriundas de interesses escusos e do fato de a sede da CBF ser no Rio de Janeiro - os deficitários clubes cariocas já teriam falido, mesmo possuindo torcidas expressivas, e os paulistas ao menos teriam mais dificuldades dentro de campo.
Porém, como o Brasil definitivamente não é um país sério, a bandalheira rola solta e clubes que devem centenas de milhões contratam estrelas a peso de ouro sem mais nem menos. E mesmo com estas estrelas em seus planteis, ainda precisam da interferência direta da arbitragem e da CBF para evitarem rebaixamentos ou levantarem trofeus.
Não me esqueço das quedas de 2005 e 2009. Em ambas o Coritiba foi vergonhosamente "garfado" em diversos jogos, dentre os quais destaco os confrontos diante do Flamengo/RJ em ambos anos, quando este foi claramente favorecido para evitar rebaixamentos.
Em 2011 e 2012 duas finais nacionais em que a roubalheira imperou e, respectivamente, um carioca e um paulista "superaram" o Coritiba para levantar duas taças que tinham tudo para estarem no memorial do clube hoje em dia.
Vou além e lembro que em 2009 a CBF chegou a mudar um regulamento com o campeonato em andamento só para permitir que Marlos e Rodrigo Mancha fossem contratados e registrados por times paulistas mesmo após terem feito um número de jogos que, na regra original, impediria que se transferissem.
Preciso citar a canetada de 1989?
Nesta quinta-feira, às 21h, portanto, o Coritiba enfrentará um adversário dificílimo. Como se vê, não me refiro ao forte time formado por Fred, Deco e outras estrelas milionárias dos cariocas (que já se beneficiaram de duas viradas de mesa e ainda assim conseguiram ter de jogar uma Série C em sua história), mas sim ao time aí abaixo, bancado pela desonrosa Confederação Brasileira de Futebol e sua lamentável Comissão Nacional de Arbitragem.
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