Por trás da Notícia
Eis que o Paranaense se foi, o almejado tricampeonato veio - como todos esperavam e contavam desde o início - e assim como tanto se alertou, o Coritiba começou a Série A, onde está entre iguais, sem força suficiente para vencer os desafios que a competição impõe.
Ao entrar em campo diante do Internacional pela primeira rodada do grande campeonato nacional o Alviverde havia feito um total de 32 jogos - 24 pelo estadual, oito pela Copa do Brasil - computando 21 vitórias, 9 empates e 2 derrotas.
Um aproveitamento interessante, que rendeu o título estadual (desta vez não de forma invicta) e uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil.
É evidente que no futebol de hoje em dia há muito equilíbrio, com muitas equipes de menor investimento surpreendendo outras com mais potencial financeiro, mas a regra é que os times "maiores" continuam costumando levar a melhor. Sendo assim, avaliemos quem foram os adversários do Coritiba nestas 32 partidas.
Em oito desses confrontos, os adversários foram equipes que disputam a Série B (ASA/AL, A. Paranaense e Vitória/BA). O saldo foi de três vitórias (uma sobre cada adversário), quatro empates (três contra o rival da Baixada e um contra os baianos) e uma derrota (para os alagoanos).
Da Série C o Cori enfrentou apenas o Paysandu, duas vezes, que resultaram em duas vitórias ao natural.
O Coxa não chegou a enfrentar equipes da Série D, mas posteriormente aos quatro jogos em que enfrentou ou Cianorte ou Arapongas - 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota - estes se classificaram à edição deste ano da última divisão nacional.
Ainda que considerados estes últimos, portanto, o Coritiba teve ainda 18 jogos contra equipes que não se encontram em qualquer divisão do Campeonato Brasileiro.
Conforme se vê, até encarar as boas equipes de Internacional e Botafogo, o Alviverde - único representante do Paraná na Série A - havia pego apenas equipes abaixo de seu patamar na "hierarquia" do futebol brasileiro, sendo que nas duas primeiras oportunidades que teve de enfrentar seus pares falhou miseravelmente.
Primeiro, fora de casa, foi presa fácil para o time de estrelas do Colorado gaúcho. A desculpa de que o jogo era fora e o Inter não disputava mais nenhuma competição foi engolida com farinha pela torcida, afinal o próximo jogo seria em casa, onde o Alviverde não perdia havia 28 jogos.
Eis que veio o tal jogo em casa e, após humilhar o adversário no início, marcando um gol-relâmpago e se dando ao luxo de perder vários, o Coritiba deixou os cariocas verem "que o bicho não era assim tão feio" e, mesmo sob a forte pressão da sempre presente torcida coritibana, viraram a partida, decretando-nos a segunda derrota no BR2012.
Agora na quarta-feira é a chance de iniciar uma parcial recuperação. O adversário é fraco, caiu pra segunda divisão de seu campeonato estadual e está cotado para cair de volta para o lugar de onde não deveria ter saído. É jogo pra ir com tudo, deixar de vez essa apatia e essa zica pra trás, ainda mais jogando em casa.
Faço o apelo para que a torcida mais uma vez vá e apoie. Mas, de forma ainda mais contundente, o apelo é para que jogadores e comissão técnica superem suas limitações e se imponham, garantindo importantes três pontos agora, para não lamentar no final do ano.
Na sequência, Copa do Brasil. Assunto que fica pra depois do jogo de quarta-feira.
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