Por trás da Notícia
Até o jogo contra o Arapongas, o Coritiba sobrou e, mesmo sem empolgar e mostrando diversas falhas, conseguia liderar o fraquíssimo Campeonato Paranaense (em muito beneficiado pela falta de adversários inclusive na capital).
Somente este empate e a perda da liderança, porém, não me preocupariam, afinal é apenas o início, mas em comparação com vários outros jogos que vi no fim de semana, inclusive de equipes com o mesmo ou menor tempo de preparação que o Coxa, fiquei preocupado com a diferença no nível de qualidade.
Conceitos como "time misto", "pré-temporada", "falta de entrosamento" e "jogadores poupados" até poderiam tentar mostrar uma justificativa para a letargia alviverde nos jogos disputados até então, mas o que dizer quando, mesmo com a tão falada alternância de escalações, o resultado é um terço do elenco profissional no estaleiro?
Apesar de possuir uma das maiores comissões técnicas do país, usar equipamentos de ponta como bubble air, aparelho isocinético, Suunto, além de diversas ações alardeadas pelo bom marketing promovido pelo CEECOR, os resultados apresentados ficam muito abaixo em comparação até com equipes semiamadoras, inclusive aquelas que o Coxa não conseguiu vencer - como Arapongas, Paraná Clube e Operário de Ponta Grossa (ou alguém ouviu que eles tenham poupado atletas e ainda assim tenham um terço do elenco no DM?).
Não adianta reclamar de falta de dinheiro se renova com Chico e Urso por quatro anos enquanto compra Everton Ribeiro assinando por três, como bem lembrou o amigo Marcelo Algauer em troca de e-mails.
De que adianta reclamar das críticas e fechar os olhos pra realidade, achando que tem um time de ponta, se ao ver equipes como Ituano, Paulista e Ponte Preta jogando, vemos mais futebol do que o que o Coritiba tem mostrado?
De nada adianta reclamar do calendário, revezar jogadores e chorar lesões, se há três anos faz a mesma preparação e há três anos tem o time mais lesionado do Brasil (talvez do mundo).
Torço pra engrenar, mas as comparações até agora preocupam.
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