Por trás da Notícia
Mais cedo publiquei aqui no blog um post novamente indagando sobre a questão da preparação física do Coritiba, destacando uma declaração do preparador físico Alexandre Lopes.
Dentre as manifestações que recebi, a do leitor Douglas, por e-mail, foi a que me chamou mais atenção e, com a autorização dele, gostaria de compartilhar com vocês, pois traz alguns esclarecimentos e também defende e sustenta uma tese sobre a razão das lesões no Coritiba. Confiram:
Tenho notado sua insistência em abordar o problema da preparação física no Coritiba. Primeiramente, quero deixar claro que não conheço ou tenho qualquer tipo de relação com o DM ou equipe de preparação física do Coritiba, mas acho que uma crítica poderia contribuir com suas futuras intervenções no COXAnautas.
Como comentei no post, o tempo entre uma partida e outra é curto no campeonato paranaense, veja só, um músculo de uma pessoa normal demora pelo menos 48h para se refazer de uma lesão (todo esforço demanda uma microlesão muscular). Isso sem contar o risco de rotura de tendões que o estresse constante proporciona.
Embora estejamos tratando de atletas profissionais (e se espera que tenham uma constituição física preparada para todo esse desgaste), também é preciso considerar que os jogadores estão expostos a essa rotina há 40 dias, portanto, quero deixar claro que, na minha opinião, esta é sem sombra de dúvidas uma condição insalubre.
Como já foi ventilado em outros posts, os demais times da competição também estão expostos a essa rotina e possuem poucos jogadores no DM. A minha tese, é que, o grande número de lesões no Coxa esteja relacionado à falta de objetividade tática, que resulta em uma menor eficiência fisiológica em campo (nossos atletas têm que correr mais e não convertem esse trabalho extra em resultados), e também aos resultados que o Coxa vem obtendo (os últimos jogos são difíceis até de assistir, mas o Coxa vence!).
Isso demonstra, em tese, que ao contrário do que a torcida vem dizendo, os atletas estão se esforçando e muito (vide a quantidade de atletas no DM) e há falhas sérias na forma como nosso time se dispõe em campo. Assim, acho prematuro criticar a preparação física (não acho que haja muitos "caciques" e fico contente de que os outros times não sejam parâmetro para orientar a estruturação da nossa comissão técnica - veja, se queremos ter uma comissão técnica ótima, o parâmetro deve ser nossas necessidades e não o que os demais times estão fazendo).
O espaço está aberto para quem quiser se manifestar sobre o tema, inclusive os profissionais do Coritiba, caso desejem trazer luz aos questionamentos.
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