Por trás da Notícia
A choradeira vinda dos lados da baixada após o empate na primeira partida da final ecoou por todos os lados, tendo seu ápice na desvairada declaração do mandatário do time de segunda, que clamava por árbitros de fora do estado, mais uma vez tentando colocar pressão sobre a FPF, a Comissão de Arbitragem e - principalmente - sobre o árbitro que viesse a ser escolhido para apitar a finalíssima.
O árbitro de fora - mais uma vez - não veio, mas a pressão já começou a fazer efeito: conforme divulgado nesta quinta-feira, quem comandará a decisão será Adriano Milczvski, que na foto abaixo aparece em meio à torcida do adversário coritibano de domingo.
A foto deixa claro que Milczvski, no mínimo, já entrará duplamente pressionado em campo. De um lado a insuportável e injustificada pressão daqueles que há anos não saem sorrindo de um clássico diante do Coritiba, e de outro a certeza de que qualquer lance apitado a favor deles evidenciará - ou ao menos sugerirá - um benefício vindo de eventual preferência clubística.
Em resumo: a escolha do árbitro não poderia ter sido mais infeliz.
Como time grande que é, o Coritiba não precisa de ajuda de arbitragem - ao contrário do rival, cujo mandatário já foi punido por compra de árbitros - e por isso tenho certeza de que seus atletas entrarão em campo sem pensar nesta situação, focados apenas em vencer e conquistar o tricampeonato estadual.
Afinal, se a foto indicar que Milczvski é mesmo torcedor do rival, esta não será a primeira vez que o Coritiba enfrentará 12 do lado de lá em decisões. Basta lembrar que em 2004 o declarado torcedor do time de segunda, Marcos Tadeu Mafra, fez de tudo para tentar tirar o título das mãos do Verdão, mas não conseguiu e teve de ver seu time perder o título em casa para o maior rival.
Aliás, no jogo desse domingo o Coritiba ainda estará em situação menos desfavorável que naquela ocasião. Basta lembrar que do lado de cá também serão 12. Ou melhor, serão muito mais que isso.
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