Por trás da Notícia
A vinda à tona da informação de que o Presidente do Conselho Deliberativo do Coritiba, Tico Fontoura indeferiu um pedido formulado por 20 sócios que desejavam a convocação de uma Assembleia Geral visando debater o estatuto do clube fez eclodir uma série de manifestações de torcedores que - assim como eu - vêm na reforma do estatuto um caminho imprescindível para o crescimento do clube. Um exemplo é a bela coluna do amigo Percy.
Baseado numa estrutura arcaica, paternalista - por que não dizer até "coronelista"? - antidemocrática e caótica, o atual estatuto do Coritiba contraria tudo que vem ao encontro dos anseios de uma administração profissional.
Pois bem, os sócios que formularam o pedido em questão se basearam no artigo 144 do atual estatuto, cuja redação dispõe: "Este Estatuto Social será alterado por exigência legal, ou por proposta de, no mínimo, 20 (vinte) associados". Exigência cumprida, o próximo passo, de acordo com o próprio estatuto, seria o encaminhamento a uma Comissão Legislativa para parecer técnico, o que não ocorreu.
O pedido, na verdade, "morreu na casca", sendo indeferido de pronto pelo presidente da mesa, que entendeu não haver proposta de alteração, conforme previsto na regra. Ainda que assim fosse, o pedido de convocação de Assembleia Geral para discussão do tema deveria ter sido apreciado, mas não foi.
Vê-se uma falta de vontade política nesse episódio. Com o comodismo e o óbice à democracia imperando - a começar pela supressão do sócio estatutário, com direito a voto, além da edição de um plano de fidelização sem prerrogativa social - volta-se à estaca zero e o Coxa segue nesse marasmo administrativo, que reflete inevitavelmente em campo.
Sem organização, sem receitas. Sem receitas, sem bola. Não foge disso.
Obs.: Ainda sobre o tema, indico o post do amigo Luiz Betenheuser no blog A Torcida que Nunca Abandona. Lá ele esmiuça ainda mais a questão.
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