Por trás da Notícia
Muitos torcedores do Coxa têm dúvidas sobre a situação do volante/líbero Rodrigo Mancha, já que primeiro o Santos divulgou que tem pré-contrato com o jogador para contar com ele assim que acabar o vínculo com o Coritiba (em julho) e, por outro lado, recentemente o Presidente Cirino disse que a situação pode se reverter, com o atleta ficando no Alviverde até o fim do Brasileiro.
Em entrevista posterior, o diretor de futebol, Homero Halila, esclareceu a "mecânica" que permitiria que Rodrigo Mancha ficasse no Coxa: a) o regulamento geral das competições da CBF deste ano prevê que basta o jogador atuar um segundo sequer por um time, que não pode mais atuar por outro no mesmo campeonato; b) o Coxa já garantiu que, como Mancha tem contrato até a 10ª rodada do Brasileirão, será utilizado; c) com isso, o clube alviverde pretende emprestar o atleta quando este assinar o contrato definitivo com o Santos, o que permitiria que o clube paulista contasse com ele ao final da competição, sem se preocupar com o assédio de outros clubes, e o Coxa contaria com o futebol dele até o fim do campeonato.
Na teoria, e segundo o Homero Halila, é isso que o Coxa quer fazer. Ele não esclareceu se já vem havendo a negociação neste sentido, mas, pelo jeito, se o Santos não se dispuser a pagar algo para o Coxa antes do Brasileirão, Mancha joga pelo Verdão e os paulistas vão mesmo é ficar "chupando dedo" no Brasileiro.
Acontece que nesta semana uma matéria assinada pelo jornalista Bruno Thadeu, no site UOL Esporte, mostra que os dirigentes do clube santista vêm pensando diferente. Segundo o jornalista, o Santos continuará insistindo e pressionando o Verdão para tentar a liberação antecipada. Até agora o Alviverde vem resistindo, mas será que continuará assim?
Não sei se para fazer "cortina de fumaça" para a imprensa de São Paulo, ou para tentar pressionar o Coritiba, o diretor de futebol do Santos, Adílson Durante, disse que "as negociações entre as duas diretorias estão adiantadas", e que estão "negociando a antecipação do acordo com o Mancha e o Coritiba entendeu toda a situação. É lógico que eles pedirão um valor ainda não definido para que o jogador não seja aproveitado pelo Coritiba no Brasileiro. Mas estou muito otimista quanto a um desfecho positivo para as duas equipes".
A pior parte vem no final da matéria, quando é transcrita a última declaração do dirigente santista. Na minha interpretação, um evidente desrespeito à instituição Coritiba: "Quando surgiu a possibilidade de contratar o jogador, não pensamos duas vezes, mesmo sabendo dessa condição. Mas não poderíamos adiar a contratação, já que vários clubes estavam atrás dele. Decidimos contratar e resolver posteriormente essa questão com o Coritiba".
Ou seja, muita gente queria, então o negócio é fazer o contato direto com o jogador, ignorando o clube, acertar uma situação para que ele saia no fim do contrato - sem qualquer ressarcimento à equipe formadora do jogador - e só depois "dar um jeitinho com o Coritiba".
Bom, até por pressão da torcida, acho que os dirigentes alviverdes não vão "abrir as pernas" nessa. Que o Santos pague - e bem - por uma liberação antecipada, se quiser (como foi feito pelo Palmeiras no "caso K9"), ou então que o Mancha jogue o Brasileiro pelo Coxa. Aí o Santos que decida se vai querer emprestá-lo pro Coxa pra ele não ficar sem jogar, ou se vai deixar ele treinando na Vila...
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