Recanto Alviverde
No Coritiba não se pode mais pensar, falar e escrever de “coisas tolas”. Não depois que confrarias se apoderaram do Clube como sendo extensão de suas casas e negócios.
Há muito tempo estamos na corda bamba. A cada jogo do Coritiba é uma guerra contra o rebaixamento, e o bom senso da nação Coxa Branca impede que falemos de “tolices”, como o absurdo que foi a construção de uma churrascaria num espaço tão nobre do Clube e da cidade.
Besteira também se preocupar com o que foi o sonho da grande nação alviverde por muitos anos: a conclusão do terceiro anel na Mauá. Virou mais um espaço de confraria de amigos.
Bobagem nesse momento tão difícil na tabela de classificação no brasileirão, ficarmos aqui conjecturando sobre empresários que enchem suas burras de grana enquanto o clube está a beira da falência.
Uma nova confraria está no poder, e o que nos espera além do empresário de jogadores irmão do presidente do Conselho Deliberativo?
Depois de mais de seis meses no poder do Clube, as esperanças em mudanças vão se esvaindo na medida em que pessoas importantes são varridas para longe do Couto. Esperanças ao menos daqueles que votaram nessa turma.
De confraria em confraria estão afundando o Coritiba.
Não me diz respeito, mas penso que as pessoas que passaram por diversas administrações do Paraná Club estejam hoje estabilizadas financeiramente, assim como aqueles que passaram pelo Guarani de Campinas do Brinco de Ouro da Princesa.
A situação do Coritiba é tão grave ao ponto de não sobrar tempo nem motivação para discutirmos pautas importantes para o Clube, como campanhas de marketing para aumentar o numero de sócios, relação do clube com as torcidas organizadas, categoria de base, entorno do Couto Pereira antes e depois dos jogos, reformas no CT, etc.
Um dia, a torcida do Coritiba se mobilizou e numa ação emblemática, com vassouras e baldes em mãos, literalmente lavou o Couto Pereira.
Ingenuidade gostosa, puro saudosismo.
Pessoas que posaram naquelas fotos hoje posam de dirigentes.
Não tem como não comparar a política do Clube com a política partidária no Brasil.
Pensei agora citar Pablo Neruda “A Esperança da Humanidade”, no entanto Neruda não merece; não agora nesse momento do Coritiba Foot Ball Club.
Saudações Coxa Branca!
Cláudio Réus
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)