Recanto Alviverde
No meio da semana assisti a um clássico do futebol paulista de muita correria, nervos à flor da pele, expulsão, um golaço do ex-Coxa Branca Robinho e este foi elevado à condição de craque.
Aqui na terrinha, a "companhia maior de estrelas" foi fazer a pré-temporada na Europa, deixando o campeonato paranaense que "não vale pra nada" para segundo plano.
Por muito tempo, a seleção brasileira conquistou vitórias e títulos muito por conta de jogadores decisivos, oxigenando farsas como Zagallo, Parreira e Felipão. Seleções sem esquemas táticos definidos, sem treinamento e que, quando os ídolos falhavam ou se ausentavam, invariavelmente ocorriam fracassos. Os exemplos mais recentes: Alemanha 7x1 Brasil e Holanda 3x0 Brasil sem Neymar.
No paulista, o Corinthians apesar da mídia que envolve esse clube e com o excelente e excêntrico técnico, vai comendo pelas beiradas. É hoje o time mais forte do Brasil. Enquanto isso o badalado Palmeiras perdeu no final de semana para o tal de RB Brasil, e Robinho foi substituído com uma atuação pífia.
A seleção Brasileira deixou de lado o "oba oba", a frescura de família disso ou daquilo, discursos motivacionais mentirosos. Dunga vai dando forma tática com jogadores mais eficientes e menos badalados. Sabemos que o caminho é longo, mas é o mais correto. Falta cair a ficha do craque Neymar.
Aqui na terrinha, a verdade veio de forma dura, no entanto justa.
Marquinhos Santos teve tempo de trabalhar o elenco, deve saber, assim como os torcedores, as limitações, deve saber que falta um jogador no meio, de ligação. No entanto, a estrutura tática está montada, variações foram testadas. No meu ponto de vista, temos um time forte, não o suficiente para desprezarmos o risco de rebaixamento no campeonato brasileiro, mas o caminho da evolução está bem traçado.
O time das estrelas, que foi fazer a pré-temporada na Europa vai lutar para não ser rebaixado no campeonato paranaense, momento histórico! O mico do século foi consolidado com a nota oficial no site do clube.
Temos o dever de apresentar nossa vergonha e desculpas, ao mesmo tempo nossa solidariedade ao sofrimento, à tristeza, autoestima rebaixada, que toma conta de todos nós atleticanos neste momento. Assumimos nossa culpa e responsabilidade perante os maus resultados no Campeonato Paranaense.
É certo, estamos muito feridos no corpo e na alma, mas não feridos à morte. Então, temos soluções. O avião não cai por uma única causa, há sempre múltiplos motivos para o acidente de queda. Fizemos nossa análise crítica e não identificamos razões suficientes claras para esta queda, pois, com praticamente o mesmo grupo de jogadores de 2014, quando enfrentamos adversários muitos mais qualificados no Campeonato Brasileiro, chegamos entre os 8 melhores!
Castigo justo, não para totalidade de seus torcedores, justo para os arrogantes que cospem no prato que comeram. Para os ignorantes que preferem prejudicar o planejamento em troca de politicagem rasteira.
O campeonato paranaense deve continuar, mas, para isso, muita coisa tem que mudar para que seja rentável. Espero que o rival tenha aprendido a lição e que em 2016, em que pese à reeleição do novo coronel do futebol, tenhamos um campeonato paranaense melhor.
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