
Reflexões em Verde e Branco
Hoje vou falar de um tema bastante complexo e permeado por muito folclore entre a torcida: A questão das categorias de base e o aproveitamento destes atletas no time profissional.
A notícia que vem lá de São Paulo, é que o Coxa passou para a próxima fase da Copinha e enfrentará agora o São Carlos.
Não é de hoje que o Coxa tem feito boas campanhas nas categorias menores. Aliás, conforme dados do próprio Clube, foram 16 (salvo engano meu) títulos nos últimos 3 anos. O que é uma marca bastante expressiva.
Mas e por que é que a renovação dentro do elenco principal não está aparecendo?
Muito se ouviu sobre boatos dizendo que não havia “interesse” da comissão técnica e direção em colocar os meninos no time titular. Disso já se pulava para conjecturas acerca do favorecimento de atletas contratados, conchavos com empresários e tudo mais de ilícito que se pode imaginar (mesmo que jamais tenha havido algum prova de tais fatos).
A verdade é que, nos últimos tempos, muitos foram os jogadores que surgiram e poucos foram os que realmente se firmaram.
Se olharmos para trás, veremos que a escassez de atletas que “vingaram” no time principal, coincide com um período onde, via de regra, o Coritiba passa por dificuldades em âmbito nacional, seja com as quedas de divisão (2005 e depois 2009), seja com a necessidade de acesso (anos subseqüentes às quedas), ou seja em más campanhas que obrigam o clube a superar más fases, impedindo assim testes desses jogadores ou adaptações paulatinas.
Exatamente por isso, vejo este início de 2014 com bons olhos.
Mesmo os atletas que chegaram a ter chance em 2013, o tiveram em momentos onde a instabilidade imperava, razão pela qual, qualquer análise de desempenho se tornava duvidosa.
A possibilidade de se jogar um Paranaense com “tempo” para adaptação e tolerância para desenvolver seu futebol, certamente fará que atletas jovens com capacidade de integrar o elenco profissional se sobressaiam. É a derradeira chance de, finalmente, conseguir o Coritiba fazer uma transição correta entre categorias de base e elenco principal.
O problema atacado foi a má preparação e o excesso de lesões no segundo semestre... Mas o resultado por ser muito melhor (e maior) do que se imagina.
Faz tempo que temos grandes talentos na base. É chegada, enfim, a hora de revelá-los além dos torneios de “meninos”.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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