
Reflexões em Verde e Branco
Tornou-se hábito, não só no Brasil, mas no mundo todo, os clubes lançarem a cada determinado período de tempo, uma terceira camisa. Aquela que não se mistura com os uniformes padrões da equipe, aquela que, via de regra, representa um momento, uma passagem, um detalhe em especial.
Geralmente, esta camisa foge ao contexto original da norma estatutária, ostentando cores e layouts diferentes e até mesmo inusitados. Quem é que não se lembra da camisa azul do Corinthians, ou da camisa alaranjada do Fluminense?
O Coritiba havia lançado à pouco tempo, um terceiro uniforme monocromático, trazendo inclusive o escudo do clube em branco (fazendo alto contraste com a camisa preta), em alusão e homenagem à época onde o Coritiba era conhecido com alvi negro. Esta camisa dividiu opiniões: Enquanto um imenso número a achava linda e elegante, outros torcedores em mesma proporção se mostravam indignados com o fato de mudar a cor do símbolo.
O fato é que, entre contentes e descontentes, a famosa Camisa Preta foi a vestimenta nº 3 que mais vendeu em toda a história do clube.
Na última sexta feira, novamente, o Coritiba deu um grande passo na direção de sua modernização. Acompanhando a vanguarda dos clubes de ponta, o Alviverde se despiu de seus dogmas e, preservando a incolumidade de seus uniformes principais números 1 e 2, ousou e lançou a mais bela terceira camisa já vista no Brasil.
E que não se fie sua beleza apenas ao aspecto visual, a terceira camisa do Coxa é linda por trazer nela a essência do amor de seu torcedor, a mais extraordinária prova de união e dedicação de uma nação futebolística, o mundialmente inigualável GREENHELL!
Em conjunto com o Coritiba, a Nike usou um de seus mais bonitos tamplates (modelos de camisas da fabricante) e o personalizou de acordo com a ideia do clube para a confecção desse histórico uniforme: Um baixo relevo no peito, dá a sensação de chamas saindo do escudo Coxa Branca, assim como a inscrição “GREENHELL”, na parte traseira abaixo da gola, assina a obra e firma a homenagem do clube ao seu torcedor!
Assim como foi com a Camisa Preta, é óbvio que uma parte mais tradicionalista da torcida pode franzir a testa... Porém, a venda de mais de duas mil peças em apenas dois dias, derruba qualquer argumento que questione a beleza do nosso novo manto.
Que 2013 siga da forma como vem se desenhando, e que esta belíssima camisa não só encante o Brasil todo, como traga para a posteridade sua identidade vencedora, assim como a famosa “jogadeira” fora eternizada em 1985.
Quem sabe essa última sexta feira 09 de agosto de 2013, não tenha sido simplesmente a data de lançamento de um novo uniforme, mas sim o nascimento de mais uma lenda.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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