
Reflexões em Verde e Branco
Teorias mirabolantes de um lado, críticas políticas de outro... Tudo para explicar o espiral descendente que vem engolindo o Coxa nesse segundo turno de Brasileirão.
Por mais que muitas análises façam sentido (e outras muitas não), na minha modesta opinião, creio que há uma enorme parcela de "acaso" nisso tudo!
Sim, acaso. Aquele mesmo imponderável e intangível que, adstrito ao nosso controle, pode mudar todo o rumo de uma história. Afinal, futebol é um jogo, e como todo jogo, há uma pitada (pra não dizer uma pomposa dose) de imprevisibilidade.
Por que é tão normal falarmos em “fases” nesse esporte? Porque tudo parece tão cíclico, podendo num momento estar no topo e no seguinte e baixa? Inegável que o Coritiba entrou numa fase ruim, péssima, contrapondo muito do que poderia ter sido (e foi) considerado como boa fase em tempos recentes.
Sorte? Azar? Não sei se essas coisas existem... Mas reparem que aquelas bolas mágicas do Alex que antes entravam, não entram mais! Os chutes que o Vanderlei pegava e nos garantiam, não são defendidos mais... Aqueles gols no final já não acontecem! Pior, as chances claras são perdidas, as bolas certas agora passam perto e não entram. Ontem, perdemos uns 3 gols feitos e levamos o revés na única chance que a Ponte Preta teve!
É difícil culpar... Vejo tudo como uma grande aposta! Com a vinda do Alex, apostou-se num TIME forte para acompanhá-lo, ao invés de gastar com um ELENCO homogêneo e mediano.
Infelizmente as contusões quebraram nossas pernas (com o perdão do trocadilho) e o "tiro saiu pela culatra". Uma "aposta errada"! Infelizmente!
Não há vilão ou mocinho... Mas pessoas que "tentaram" uma estratégia que "não deu"! Talvez isso tudo seja uma lição, para num futuro próximo, não tentarmos dar um passo maior do que nossas próprias pernas. Para que mantenhamos nosso foco de investimento dentro do nosso patamar de grandeza, que é de "time médio" (ainda), e assim conseguir manter um plantel homogêneo, dentro de nossa limitação.
Isso talvez tolha em muito nossa capacidade de vôos mais altos, mas também assegure uma manutenção sem sofrimentos na série A e, com sorte, o time encaixe (como em 2011, ou como o Atlético esse ano) e consiga boas campanhas!
Uma sina... Nossa sina....
Talvez tenhamos (nós, na figura de nossos representantes/administradores) tentado crescer muito rápido... dar uma tacada muito "certeira".... e a bolinha acabou caindo do outro lado da roleta!
Desculpem a divagação, mas é só isso que o momento permite. Nada está acabado e eu ainda acredito que as possibilidades de permanência na elite são grandes e claras. Mas independentemente do final, que esse ano sirva de reflexão.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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