Reflexões em Verde e Branco
E começa definitivamente o ano... Eles lá em Atibaia iniciando a pré temporada, nós aqui ansiando pelo início dos jogos.
2015 será um outro ano, literalmente. Nada nesse elenco lembrará o triste time de 2014. Digo triste, porque é o sentimento que me vem quando lembro de um grupo que, destarte sua capacidade, jogou pifiamente durante todo o ano, e por questões que muitas vezes passam longe daquele campo gramado.
Muitos falaram em desmanche. Alguns da “imprensa especializada” disseram “temer” pelo Coritiba, pois o elenco do último ano estava se desfazendo.
Ora... Na minha maneira de ver, ótimo!
Ninguém (e eu digo ninguém, mesmo) dos que saíram mereciam ter ficado ou seriam úteis nesse “novo Coritiba”. E aí não estou me limitando à capacidade técnica, estou falando todos os fatores que são necessários para a montagem de um elenco de futebol.
Tratei algumas vezes desse tema durante o ano que se passou, e torno aqui a rememorar: Um Clube de Futebol é como uma grande máquina, onde todas as engrenagens têm que estar de acordo. Não adianta a capacidade técnica, sem o empenho ou o espírito de grupo. Assim como não adianta tudo isso, sem uma gestão administrativa eficiente. Assim como nada disso vai funcionar sem o apoio da torcida...
Volto a frisar: Todos os jogadores que deixaram o Coritiba, eu disse todos, não mereciam permanecer. Seja por falta de qualidade técnica mesmo, seja por falta de comprometimento, seja por não se enquadrarem financeiramente na nova filosofia salarial, sejam pelos mais diversos fatores.
Escrevi minha contrariedade à chapa de oposição antes das eleições, pelos diversos fatores já tratados e que não cabe mais debater. É passado. Porém, preciso demonstrar minha felicidade com a forma que as coisas estão se conduzindo neste início de trabalhos.
Bacellar já mostrou que não é mero “personagem” nas mãos de “cabeças” dentro do Couto. Chamou a atenção de quem já começou o ano extrapolando suas funções, assumiu a posição de Presidente e iniciou a montagem do novo elenco usando como critério principal o patamar salarial.
Excelente!
Deixou que seguissem seus caminhos aqueles que pouco tinham interesse em ficar, e contratou atletas com qualidade conhecida e dentro de um teto financeiro pré estabelecido.
Cáceres, Alan Santos, Negueba, Pedro Ken, Mazinho, Giva e João Paulo são atletas de bom nível técnico, que jogariam em qualquer clube e que se enquadram na filosofia de austeridade e reestruturação alviverdes.
Mesmo assim, desse grupo, ainda pode-se dizer que Cáceres é um volante/meia de um quilate que contentaria até mesmo um clube que não esteja primando pela “coerência” salarial.
Se confirmada a vinda de Welington Paulista (com pagamento de salários fracionados com o Inter), teremos mais um nome de excelente porte para complementar um time homogêneo, coerente e dentro de nossa realidade.
Dizer que estou otimista é redundante... Eu sou um otimista. Porém, confesso que estou gratamente surpreso com esse início de trabalho da “Gestão Bacellar”.
E não é para menos. Estamos iniciando o ano com uma bem pensada reestruturação, com uma necessária adequação salarial, e mesmo assim vendo boas contratações. Além disso, iniciamos um “projeto” com “os pés no chão”, trabalhando dentro do nosso universo e sem egocentrismos.
A diretoria está agindo, os jogadores trabalhando e a torcida torcendo. Essa é a receita do sucesso.
2011 iniciou-se assim... E todos sabemos como foi.
Grandes passos às vezes causam grandes tombos. É preciso subir um degrau de cada vez... Tomara que tenhamos aprendido a lição!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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