
Reflexões em Verde e Branco
Se muitos viam o Coxa se afogando em seus próprios erros (sejam eles técnicos, de comando, administrativos ou diretivos), no jogo de ontem, contra o Goiás, apesar do resultado de empate, pudemos ver o time dando suas primeiras (e sólidas) braçadas para fora da água!
A escalação mostrava que, novamente, jogaríamos com muitos desfalques. Porém, independentemente disto, jogamos pra cima do bom time do Goiás, acuando-o em seu campo e demonstrando muita consistência tática.
Não à toa, o time teve inúmeros arremates a gol, uma incrível bicicleta do excelente menino Jânio e a abertura do placar com Lincoln ainda no início da partida (Lincoln que já havia perdido um gol cara a cara com o goleiro)
Sem diminuir o ritmo, a dupla Gil e Victor Ferraz vinha deixando a defensiva esquerda do esmeraldino goiano atordoada, criando excelentes oportunidades de ampliar o placar, o que só não aconteceu porque a trave fez o favor de ajudar o Goiás por duas vezes no mesmo lance.
Infelizmente, apesar do bom desempenho geral do time, Chico não estava numa noite inspirada (o que já vem ocorrendo a pelo menos 3 jogos... É preciso ver o que está havendo com o futebol do Chico, que vinha sendo o grande destaque da nossa zaga), e, numa saída errada de jogo, acabou cedendo o gol de empate do Goiás.
Novamente, numa falha individual de Chico, o gordinho Walter se livrou e tocou para o arremate que virou o placar para o time goiano.
Após o gol de Robinho, que igualou o placar, o Coritiba seguiu tentando, e, numa boa despontada de Gil, mais uma vez a bola beijou a trave em lance certo de gol.
A grande reclamação (e fonte de preocupação) de muitos, era o fato do time não criar. Da ausência de jogadas ofensivas e da total inoperância do ataque.
Apesar do empate e de mais 2 pontos perdidos em casa, o jogo de ontem serviu pra mostrar uma franca evolução neste aspecto. O time alviverde criou, foi dinâmico e afastou aquela imagem de “toque de lado” e quase nenhuma efetividade ofensiva.
A ausência de chutes (como nas partidas passadas), deu espaço para muitos arremates, que só não se traduziram em gols por conta do goleiro (principalmente no lance de Lincoln), por “detalhe” na pontaria (como na linda bicicleta de Jânio), ou por puro azar, onde arremates certeiros atingiram a trave (por no mínimo 3 vezes)!
Não se trata de “desculpa” para um mau resultado (e foi um mau resultado), mesmo porque NUNCA analiso o resultado... É apenas a constatação da evolução do time e da mostra de que podemos sair dessa má fase que nos assola desde que as contusões começaram.
Próximo jogo é complicado, na casa do adversário, e contra um Fluminense perigosíssimo.
Não é momento de exigir nada, muito menos cobrar por um resultado positivo, haja vista o time ainda vir “em recuperação”. Mas nada impede-nos de imaginar que a vitória possa acontecer, afinal, mesmo não tendo conseguido transformar as chances da última partida nos gols necessários para o êxito, pudemos ver um time voltando a criar jogadas, chegando na frente e agredindo o adversário.
Corrigindo-se as falhas defensivas, não me surpreenderia ver a nossa reação consolidar-se longe daqui... Não mesmo!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)