
Reflexões em Verde e Branco
É ruim escrever de cabeça quente... Pior ainda é quando você espera o dia seguinte e percebe que a cabeça continua quente! Isso porque, conforme muito bem escreveu Luiz Claudio Massa na Tribuna do Paraná de hoje, o Coritiba joga hoje o pior futebol da Série A, no pior momento que isso poderia acontecer.
Mas por que chegamos a este ponto?
Será que é porque o tal “fato novo”, de fato (com o perdão do trocadilho), não ocorreu? Ou será que foi porque o problema não estava numa pretensa mudança de treinador?
Eu fico com a segunda opção!
Era óbvio (como se faz mostrar neste momento), que o problema sempre foi a falta de reposições à altura do time titular, principalmente na fase negra que atravessamos de contusões. A troca de comando só fez com que a volta natural dos atletas do Departamento Médico esbarrasse num problema diferente: O início de um trabalho de um novo treinador.
Se antes tínhamos um problema, agora temos dois, e só nos resta torcermos para que esse segundo (principalmente) se estabilize o quanto antes.
Uma derrota por um gol de diferença no Barradão, para o Vitória, não é nada de anormal. O problema é que, neste jogo em especial, tínhamos tudo para conseguir um resultado melhor, que só não veio por conta de equívocos que poderiam ter sido resolvidos, caso o técnico não fosse “novo” no elenco (tratarei os erros por conta do noviciado, pois capacidade o Chamusca tem).
Péricles Chamusca fez o que qualquer técnico faria: Com o retorno do zagueiro titular de suspensão, a sua reintegração à equipe titular. O problema é que Chamusca não acompanhou a trágica queda de rendimento de Chico, nem as inúmeras partidas onde suas falhas individuais comprometeram. Tratou-o como um titular que voltava de uma suspensão e ponto. Quem sabe se Lucas Claro tivesse sido mantido na equipe (após o belíssimo jogo que fez contra o Santos), a falha na saída de bola que resultou no segundo gol do Vitória não tivesse existido e o resultado fosse outro.
Com o desgaste de Robinho, Chamusca colocou Bottinelli no time. Natural, afinal, o gringo fora contratado exatamente para essa função. Lincoln joga mais à frente, seria uma adaptação trazê-lo para aquele compartimento... O que seria até natural para alguém que já tivesse um histórico no clube e conhecesse o fato de Bottinelli nunca ter encontrado seu futebol no Coxa, o que não é o caso do Chamusca!
Talvez se Marquinhos Santos estivesse à beira do gramado, esses erros não teriam acontecido...
Mas “péra"... A culpa não era dele?
Às vezes a pressão externa atrapalha mais do que ajuda... Às vezes?
Vamos lá. Vamos lá. Não dá tempo pra pensar muito. Quarta tem mais um jogo importante e, se a rodada colaborar (e a gente também), temos tudo para dar um salto na tabela e uma boa respirada!
Podem ter certeza que os erros não são só percebidos por nós aqui de fora... Neste meio de semana vamos ver os ajustes necessários e, quiçá, os pontos conquistados.
Só dependemos de nós!
Neste sábado que passou, o Coxa comemorou os 104 anos da mais bela história do futebol deste Estado.
Pensei em esperar o resultado do jogo contra o Vitória e escrever sobre uma grande partida, comemorar a data com festa e com bons fluidos. Infelizmente, esse nosso segundo turno não está ajudando e a fase atual do time impede grandes comemorações.
Mesmo assim, não há porque esmorecermos ou deixarmos de abraçar nosso amado Coritiba nesta data. Afinal, não há momento ruim que supere o fato de ser o mais tradicional e mais vitorioso clube de futebol do Estado do Paraná!
Um clube que nasce forte, sem fusões, constrói seu patrimônio exclusivamente com a garra da sua torcida, eleva o Estado antes de qualquer outro ao patamar de Campeão Nacional e segue inatingível como o maior campeão local, tem muito a sempre comemorar e se orgulhar!
Parabéns Coxa! 104 anos sendo O MAIOR!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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