
Reflexões em Verde e Branco
Confirmação é um termo meio pretensioso demais, na minha opinião, embora a entrevista do Vice Presidente do Coritiba, Paulo Thomaz de Aquino, tenha corroborado (em muito) com a ideia (suposição?) que formei sobre o ano de 2013.
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#Coritiba - "Traremos pontualmente jogadores. Mas não teremos grandes novidades", diz Paulo Thomaz de Aquino.
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#Coritiba - "Precisamos buscar o equilíbrio. Tivemos um 2013 em que gastamos bastante", confessa o vice-presidente do Coxa.
Conforme coloquei na minha derradeira (e extensa) coluna de 2013 (onde analisei os fatos nevrálgicos que marcaram o ano que se passou), vi o Coritiba dando “um passo maior que a perna”. Muito provavelmente pelo ineditismo de ter um craque como Alex no time, o clube apostou num time titular forte, mesmo que para isso abrisse mão de um elenco equilibrado.
Talvez tenha sido muita confiança nos reservas, ou nas categorias de base... Talvez nenhuma dessas opções. Porém, o que houve, de fato, foi que o Coritiba tentou formar um 11 forte (e digno da qualidade de Alex), deixando de lado uma reposição à altura na suplência.
Os reflexos disso foram contratações caras, altos salários e uma disparidade entre atletas que não é nada saudável para um grupo de jogadores.
Quando Aquino diz “Precisamos buscar equilíbrio” e “Tivemos um 2013 em que gastamos bastante”, vejo a confirmação de todas essas impressões sobre a temporada que se passou, e, por isso mesmo, me renovo em esperança.
Encerrei aquela coluna desejando fortemente que os erros de 2013 tenham sido aprendidos, e, pelo visto, foram.
Contratações pontuais, nenhuma “grande” novidade, busca de equilíbrio e controle de gastos pode soar desesperançoso para o ano que se inicia. No entanto, é mostra clara que os percalços que marcaram 2013 foram assimilados e estão na pauta de correções para esta próxima temporada.
O que temos que por na cabeça (e aí incluo também a direção, não apenas a torcida), é que o Coritiba, em âmbito nacional, não é um clube grande! Nosso Coxa, é sim, um clube médio, e como tal, deve agir em todas as suas esferas. Nossa captação de recursos é inferior ao primeiro escalão (Corinthians, Cruzeiro, Flamengo e etc), nossa capacidade de folha salarial é menor, nossa representatividade na CBF é menor.
Essa disparidade não é culpa nossa. A segregação que as ditas “quotas de TV” traz é algo que precisa urgentemente ser revisto no futebol brasileiro.
Mas enquanto isso não acontece, temos que trabalhar “no fio da navalha”, contratando certo e com parcimônia. Apostar alto em algum jogador, é também assumir um risco alto caso essa contratação não vingue... E isso é um luxo que o Coritiba não pode correr.
Equilíbrio e austeridade... Estão aí os erros de 2013, estão aí os focos de 2014.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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