
Reflexões em Verde e Branco
Em 2013, o Coritiba vinha bem. Surpreendentemente bem!
Da conquista do Tetra Campeonato Paranaense (desvalorizado por muitos incautos) a um início retumbante de Campeonato Brasileiro, com a manutenção de uma estupenda invencibilidade e de uma inédita (e duradoura) liderança.
Inegável que era um time estrategicamente bem montado, afinal, as peças careciam na proporção que hoje carecem.
Porém, problemas extra campo minaram o ambiente. O “pulo do gato” imaginado pela diretoria esbarrou numa muralha de interesses pessoais, demagogia e descomprometimento.
O bônus estancaria o ônus, ou, trocando em miúdos, o produto final de uma boa campanha diluiria o “sobrepeso” dos investimentos arrojados.
No entanto, na proporção do sucesso da equipe, inflaram-se também os egos, acelerando a metástase dos cânceres políticos que assolam o Coritiba há décadas. Os holofotes foram o alimento da necessidade de exposição voraz. E o que era um projeto de conjunto, passou a ser a bandeira de cada lado em seu pleito solitário.
Um cabo de guerra, literal, onde o Coritiba enquanto instituição ficou como mero expectador... Ou pior, como refém!
No meio desse cenário, estava um treinador que, noviciando, não possuía quilate necessário para estancar tamanha ferida.
Pelo populismo e pela crueldade futebolística da premência de mudança, Marquinhos Santos sucumbiu ao lado mais fraco da corda!
Hoje, os problemas são os mesmos, as ingerências são as mesmas, os “mistérios” são os mesmos... Mas Marquinhos com certeza é outro.
Não por seu coração verde e branco de menino que corria pelos corredores do antigo Couto, mas por sua experiência e escaldo.
Marquinhos Santos sabe o que o derrubou, e sabe onde pisa.
Mas mais do que isso, todos no Alto de Tantas Glórias sabem que o treinador “pagou um pato” que não era dele.
Se faltava algo para mexer definitivamente com os brios dos atletas, não falta mais. Há uma peça moral colocada agora no tabuleiro.
Resta saber se as micro lesões (ou expulsões esdrúxulas) deixarão de acontecer... O comprometimento tem que ser total e uníssono.
Um lado pode exigir o que quiser do outro, desde que esteja demonstrando, no mínimo, o mesmo empenho em solucionar as questões. Caso contrário, não se nomeia como exigência, mas sim, chantagem.
Lembrem-se, deste lado de cá existe uma torcida que ama este time. Honrem!
Boa sorte e força Marquinhos.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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