
Reflexões em Verde e Branco
Pois é... Na postagem anterior, apenas disse:
“Se o problema vem de dentro, que solução também venha!
Não quero conjecturar, não quero supor, não quero “chutar”.... Quero (e espero) apenas que as soluções estejam sendo tomadas.”
E finalizando com um “eu não joguei a toalha”, fui para o Couto domingo, acreditando no meu Coritiba e com a certeza de que as medidas necessárias estavam sendo tomadas.
Ao ver no telão do estádio o time titular, e nele as saídas dos laterais Diogo e Victor Ferraz, para as entradas de Escudero e Vinícius, bem como a escalação do “novato” Uelliton, o retorno de Robinho e o ataque com Keirrison, percebi que minha confiança e “esperança” não foram em vão. O técnico Marquinhos Santos mostrava ali que atitudes foram sim tomadas, e que a “chacoalhada” no elenco tinha sido dada.
Não que o problema fosse pontual em Vitor Ferraz, Diogo, Gil, Bill ou Julio Cesar. Mas a péssima partida do Rio de Janeiro, contra o Botafogo, EXIGIA uma tomada de atitude que mexesse, principalmente, com o “status quo”, com a motivação e com o brio dos atletas.
Tudo isso, somado ao retorno de Robinho (que na dupla com Alex faz ressurgir a dinâmica na criação de jogadas), nos rendeu a retomada do rumo das vitórias, quebrando o incômodo jejum de êxitos, dando o ânimo necessário para o início do segundo turno e a esperada retomada da busca pelo título (sim, esse nunca deixou de ser o meu foco, e acredito que do elenco também).
Passado o jogo e o bom resultado, cabe aqui uma importante análise:
É fato que a sequência sem vitórias incomoda tanto a torcida quanto o grupo de trabalho (jogadores, comissão técnica, diretoria, etc...), e nesse incômodo, as avaliações sobre o time começam a soar distorcidas.
De ontem para hoje, após a boa vitória contra o São Paulo, muitos comentaram da “mudança de postura”, da diferença na quantidade de finalizações e de como o Coxa tinha evoluído nesse aspecto.
Aí cabe a pergunta: Estávamos mesmo analisando a forma do time jogar, ou estávamos nos deixando influenciar muito mais pelos maus resultados, do que pela atuação em si (obviamente, estou excetuando a horrível partida contra o Botafogo)?
Na partida de ontem, onde o resultado foi a vitória (e o bom futebol), o Coritiba teve 12 finalizações. Sim... Um excelente número!
Porém, no jogo contra o Inter, foram exatamente as mesmas 12 finalizações.
Na partida contra o Vitória, onde o resultado de 1x0 levou a partida para as penalidades e fez muitos criticarem o baixo desempenho ofensivo, foram nada menos do que 20 finalizações a gol!
Como se percebe, nosso domínio não era tão estéril como “pintavam”. Tínhamos (e temos) sim um problema de efetividade no ataque (basta ver o “rodízio” de atacantes no time), mas jamais deixamos de dominar, tocar a bola e criar.
Infelizmente, a “velha máxima” do futebol continua sendo uma verdade inconteste: “Futebol é Resultado”. E quando estes não vêm, criam-se crises e fantasmas, muitas vezes encobrindo uma realidade que está aos olhos de todos, mas que insistimos em não ver.
O Coritiba tem tudo para retomar a boa fase, basta que façamos o nosso papel (que é torcer) e confiemos no bom trabalho que tem sido feito. Agosto passou, a curva parabólica da fadiga muscular está na descendente, as contratações se mostraram acertadas (Vítor Jr e Uelliton já atestaram sua capacidade) e o clube inicia o segundo turno em boa colocação.
Ninguém perde por acreditar!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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