
Reflexões em Verde e Branco
Futebol é caro... Frase mais batida e difundida do que essa não existe!
Mas é caro por quê?
Porque seus profissionais têm um salário hiperinflacionado, acima de qualquer média razoável e justa.
Acontece que, o trabalhador que ganha seus poucos reais, muitas vezes é cobrado à exaustão para que atinja a excelência (ou mantenha-se nela) dentro de suas funções ou atribuições.
E por que é que no futebol, nesse universo de excessivas, indignantes e injustas remunerações, nem sempre é assim?
Tudo bem, eu não estou nos treinos, eu não acompanho o dia a dia... Mas impossível que a rotina dentro do CT seja tão dramaticamente diversa do que a realidade que aparece em campo. E no campo eu estou!
Faz umas 372 colunas que eu escrevo que o Coritiba não pode jogar sem um cabeça de área. Em qualquer conversa de bar, todo mundo aponta a falta do primeiro volante como um dos grandes problemas do Coxa. A crônica debate acerca da falta de marcação atuando com dois segundos volantes...
E o que Dado Cavalcanti faz numa semi final de Campeonato?
Tira Ícaro, o único primeiro volante do time, até do banco de reservas!
Sinceramente, isso parece vontade de querer brincar com o torcedor do Coxa.
Se não é total desconhecimento dos jogadores que têm à mão, é pura teimosia pra contrariar quem critica e aponta o contrário. Não é possível.
Pra ajudar, coloca Norberto, que nem é mau jogador, mas não é meia, muito menos volante: É lateral direito!
Aliás, qualquer um que saia do time, dá lugar a Norberto. Por que isso? Se bobear, até Vanderlei corre o risco de perder a posição pro Norberto.
Dado está se queimando e queimando um jogador que foi destaque nos anos anteriores, jogando na sua posição de origem, a lateral.
O jogo de ontem, com todo o respeito que o treinador merece, mas foi um show de horrores tático.
A entrada de Norberto (que é lateral) como segundo volante, obrigou Gil (que é segundo volante) a atuar como cabeça de área. Coitado do Gil, teve que marcar e correr pra sair com a bola, se desdobrando em duas posições e não conseguindo desempenhar bem nenhuma delas (destaque-se, não por culpa do jogador).
Keirrison não esteve bem. Normal. Está se readaptando e é compreensível essa oscilação.
Roni, muito marcado, pouco conseguiu atacar pelos flancos.
O Maringá tinha conseguido um bom placar de 2 a zero no primeiro tempo e se fechava, obrigando o Coritiba a mudar taticamente para conseguir furar a retranca.
O que o técnico fez?
Trocou Norberto (lateral que estava jogando na meia) por Carlinhos (lateral que entrou pra preencher a meia), Roni (atacante de velocidade) por Maykinho (atacante de velocidade) e Keirrison (centro avante) por Júlio Cesar (centro avante).
Sinceramente, trocar 6 por meia dúzia, qualquer um faz.
Em tempo: Os dois gols do Maringá (fora pelo menos outros dois perdidos) vieram de jogadores entrando de frente pra área, sem a devida proteção. Será que só nós aqui de fora percebemos isso?
Não sou adepto do “fora esse” ou “fora aquele”, campanhas de repúdio mais atrapalham do que ajudam. Mas sou advogado, atuo na área empresarial e não consigo conceber a inércia perante um funcionário que aufere alto salário e não corresponde com resultados.
No mínimo cobranças... É isso que espero.
Se cobranças não funcionarem, mudanças urgem! Um clube de futebol é uma empresa, ipsis literis.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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