
Reflexões em Verde e Branco
Estão desfazendo do resultado de 2x2 conquistado pelo Coritiba no primeiro jogo da grande final do Paranaense 2013. Mas eu pergunto só uma coisa: De quem era a responsabilidade de vencer esse jogo????
Não me venham com essa história de que o Atlético está com o time sub-23, que o campeonato não importa para eles, porque é BALELA!! O time deles pode ser jovem, mas é mesclado com alguns jogadores de certa experiência, e que, “aos trancos e barrancos” encaixou, venceu o segundo turno do Estadual, coisa que o bem montado e experiente time do Londrina não conseguiu.
Então, antes de embarcarmos no que a imprensa tenta nos convencer, é preciso lembrar que não se tratava de um jogo qualquer, ERA UMA FINAL, de mando deles, com o estádio lotado à favor deles, num jogo onde eles TINHAM QUE REVERTER NOSSA VANTAGEM!
Somando estes fatores, e vendo que terminamos com um bom empate (sem contar que saímos na frente, demos um gol de presente e ainda levamos um segundo num lance “estranho”), percebe-se que o Coxa cumpriu seu papel de visitante indigesto, manteve suas vantagens, e levou a finalíssima pra casa com uma mão já grudada no troféu!!!!
Ficar simplesmente atendo-se no fato de que “na teoria” o Coxa “deveria” passar por cima, é encobrir tudo de concreto que envolvia o jogo e desmerecer o bom resultado conquistado!
Estamos sim com um problema crônico defensivo.
Percebe-se que o time consegue criar, faz boas tramas ofensivas, mantém o jogo sob controle... mas qualquer bola alçada para nossa defensiva, é um “perereco” só!
Contra o Paraná os gols foram assim... e têm sido assim. Bolas bobas ou alçadas, que no “bate rebate” acaba transformando a zaga num pandemônio. Na tentativa de arrumar, acabamos desfazendo o posicionamento, perdendo a segunda bola, e quase sempre tomamos.
Está na hora da comissão técnica ver isso com mais cuidado. Porque não adianta trocar as peças. Falava-se da lentidão do Pereira, do destempero do Escudero, mas tanto com eles quanto com Chico, com Bonfim, a zaga continua nessa toada de “bate cabeça”.
Eu considero esse o principal problema, crônico até eu diria, do nosso time. O principal motivo de termos perdido pontos que nos teriam feito ganhar o segundo turno e o título por antecipação.
Alex não jogou o que poderia. Mas isso é outra coisa que está sendo tratado de forma superficial.
Tudo bem, ele é craque... ele está com “a vida feita”... ele é maduro, responsável e sempre foi um atleta de boa cabeça. Realizado profissionalmente, rico, de família estável...
Tá... ok... mas todo mundo esquece de uma coisa: Alex é HUMANO!
E como um ser humano comum, ele guarda, além das suas alegrias, suas frustrações e seus anseios.
Pra quem não lembra, o menino Alex saiu daqui no final dos anos 90 dizendo: “Um dia eu volto não só para jogar, mas para conquistar um título pelo Coritiba.”
Alex saiu daqui como ídolo, mas sem nunca ter conquistado NADA!
É óbvio que para ela essa final vale muito.
Pode ser Sub-23, pode ser o “fraco” Paranaense... mas para Alex vale muito. Vale uma promessa, feita não só para a torcida alviverde, mas para si mesmo!
Portanto, é compreensível que, não só pela ansiedade, mas por também estar pendurado com dois cartões amarelos, Alex não tenha rendido tudo o que pode neste último atletiba. E ele sabe disso... assim como ele sabe que domingo que vem será o seu momento. Será a hora de, mais de 15 anos depois, realizar seu sonho de menino, ganhar um título com as cores do Verdão.
Domingo, não será o mundialmente renomado craque Alex que estará em campo... será aquele menino, que já foi chamado de Pachequinho, com seus anseios e medos mais infantis, realizando seu sonho de moleque... e nós estaremos lá, aplaudindo e fazendo parte desse momento mágico!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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