
Reflexões em Verde e Branco
A atitude já foi outra. O Brasil marcou no campo do adversário e dominou o primeiro tempo de uma maneira que até assustou a Colômbia. Tanto não esperavam tal atitude, que os Colombianos tomaram o gol inicial e demoraram muito para “entrar” na partida.
Porém, apesar do resultado bom de 2 a 1, o segundo tempo trouxe novamente o Brasil dos primeiros jogos: Sem meio campo e com ligações diretas da zaga ao ataque.
Por que?
Simples: Porque no primeiro tempo, o ímpeto brasileiro atordoou os colombianos, que não conseguiram impor sua marcação de forma eficaz. Na segunda etapa, já com a partida mais “fria”, a Colômbia impôs sua forte marcação, Neymar “desapareceu” e o Brasil se perdeu na armação de jogadas (como sempre).
Talvez a contusão de Neymar seja o estopim para o teimoso Felipão corrigir o time na questão da criatividade. Com sua saída, o selecionado nacional deixará de jogar em sua função (com todas as bolas tendo que passar por ali), ficando "indedependente” de suas atuações.
Obviamente, na recomposição da meia cancha (sem Neymar), o técnico deverá centralizar mais Oscar, que certamente terá uma melhora considerável no seu futebol. Jogando lateralizado, Oscar está muito aquém do que pode mostrar.
Mas quem entra no lugar de Neymar?
Ao que parece, Willian está bem contado. Eu sonharia em ver Bernard fechar um trio de atacantes, mas duvido que Felipão “arrede pé” da sua filosofia defensivista.
Agora é a Alemanha, numa semi final digna de Copa do Mundo. Se o Brasil não estiver no seu melhor, não passa. A seleção alemã é determinada, burocrática e fria.
Se a lesão do considerado melhor jogador brasileiro é algo a se lamentar, o “momento de ruptura” é bem vindo. Cria-se um “divisor de águas”, dá-se um choque no elenco e remexem-se as “certezas” do treinador, além de incutir no grupo um sentimento de gana maior (o tal “jogar por ele”).
Necessitávamos de um “chacoalhão”... Não precisava ser assim, mas que se extraia o que de melhor esse momento pode nos trazer.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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