
Reflexões em Verde e Branco
Essa história de pegar uma grandeza eternamente contínua como o tempo e transformá-la num ciclo anual, pode ter pouca significância no campo científico, mas é capaz de nos fazer crer num recomeço (mesmo que figurado), alimentando esperanças e reforçando atitudes de renovação e aprimoramento.
Acontece na vida de cada um, acontece no futebol...
Minha última coluna foi de análise. Um retrospecto do que aconteceu nesse ano, dos méritos e dos deméritos, dos êxitos e dos fracassos. Esta próxima, não! Aqui, como nas reuniões familiares por todo o canto regadas a champagne e à luz da queima de fogos, façamos todos votos que 2014 seja um bom ano, que as lições de 2013 nos façam melhores e que nossas aspirações se realizem.
Tenho pra mim, quase que como regra (e 2013 não foi diferente), de que, em se tratando de Coritiba, sempre que um ano se inicia precedido de muita confiança, o resultado final não corresponde. Por outro lado, anos onde pouco se esperava, foram marcados por grandes (e surpreendentes) resultados.
Começamos este novo ciclo repleto de dúvidas. Em contraste com a empolgação do ano anterior (onde tínhamos a apresentação de Alex e a certeza da montagem de um bom elenco, com Bottinelli, Leandro Almeida, Deivid e Cia), desta feita colocamos o pé na temporada que se inicia escaldados pelos tropeços do ano anterior, principalmente quanto à montagem de elenco e manutenção, permeados em dúvidas e resguardos.
A ideia de se jogar o Paranaense com um time “b” (pelo menos em início, pois acredito numa mescla gradativa) me soa boa. Não que o Atlético tenha sido um exemplo (porque não planejou os resultados que alcançou, preteriu o Paranaense por pura birra e despeito), mas, de fato, os ciclos de contusões que perseguem o Coritiba em meados de setembro (em todo ano), força medidas de rescaldo neste sentido.
Tcheco assume a Gerência do Futebol. Boa escolha! Continuaremos tendo um diretor no departamento, Mazzuco, mas com um “boleiro” assumindo esse elo entre time e diretoria. Talvez esse “canal” de comunicação tenha sido um dos fatores precários no ano passado, resultando na “perda” do elenco num dos momentos mais críticos da temporada.
Dado Cavalcanti pra mim ainda é uma incógnita. Confesso que os problemas extra campo de 2013 me fizeram imaginar que o Coxa necessitasse de um técnico com mais tarimba (um Carpeggiani, por exemplo), mas é cedo demais para falar de Dado, apesar de sua pouca idade. Diferentemente de Marquinhos (apesar de mais novo), demonstra mais pulso e comando.
Como disse, prefiro ver seu desempenho para depois analisar. Mas é inegável que, pelo seu bom trabalho com o Mogi Mirim e no Paraná, não se trata de um tiro no escuro. Dar certo ou não, são contingências do futebol.
É isso!
Que as incertezas desse início de 2014 se transformem em empenho e dedicação na busca de bons resultados. 2013 pode não ter sido um ano de grandes conquistas, mas certamente foi um ano de infindáveis aprendizados.
Feliz Ano Novo a todos!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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