
Reflexões em Verde e Branco
É certo que ser líder é algo bom... Excelente... Importante, inclusive, para um clube que almeja algo grande. É um patamar que, mesmo que provisório (sim, a liderança varia de mãos durante todo o ano... Acabamos de retomá-la do Botafogo), serve tanto para massagear o ego da imensa torcida, quanto para fortalecer o psicológico do time e firmá-lo na busca do objetivo final.
Porém, a despeito das benesses (e como tudo nessa vida), tem seu lado ruim. Lado esse que precisa ser sempre bem trabalhado e assimilado, para que um trabalho todo não se ponha a perder, e o que parecia uma dádiva, se torne uma armadilha.
Ontem foi noticiada uma possível saída do volante William. Da mesma forma que, no período de intervalo da Copa das Confederações, boatos de que Escudero estaria já fazendo exames em outro clube circularam pela mídia e pelas redes sociais. Já colocaram o Dudu no Coxa, o Bill... E assim segue.
Esse é o ônus da liderança. É ter que lidar com a saraivada de especulações que rondam um clube que está “em voga”.
É fato que Rafinha foi negociado com o mundo árabe, mas também é fato de que o Coritiba, para se manter no seu atual status, necessita de um esforço financeiro hercúleo, o qual obrigou a negociação de um craque para a estabilização de todo um elenco. Mas de fato, pára-se por aí.
Factóides em torno de saída de saída de jogadores (ou de chegada), comumente são plantadas pelos próprio empresários, no intuito de “especular” o valor de mercado e “valorizar” o seu atleta numa eventual renovação de contrato (ou mesmo rescisão). Ainda mais quando estamos falando de jogadores de um clube que lidera o principal campeonato nacional do mundo! Esse é o momento do empresário fazer valer a sua porcentagem, ou, no caso de um atleta que está na reserva, expô-lo ao mercado.
O problema é que tais especulações, podem facilmente afetar o elenco e o rendimento do time como um todo. Haja vista que o boato de saída pode enfurecer a torcida gratuitamente, quebrando um vínculo de comprometimento... Da mesma forma que um boato de chegada pode desestabilizar um atleta que se vê desprestigiado.
De concreto, apenas nossa liderança e o desconforto que isto está causando em muitos.
Por isso, temos que manter o nosso foco, o nosso apoio e a nossa confiança, pois só assim conseguiremos o que estamos buscando. Deixemos as questões diretivas nas mãos de que dirige, assim como deixamos o futebol nos pés de nossos atletas e as bandeiras nos nossos punhos! Confiemos no papel que cada um exerce e continuemos no nosso, pois nenhum time se sustenta entre os melhores por 3 anos à toa!
Assimilemos o ônus, com a sabedoria e o orgulho que só os líderes têm!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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