
Reflexões em Verde e Branco
Todo ano é a mesma coisa, o Coritiba atravessa sua pior fase no mês de setembro. Mesmo nas boas temporadas, setembro marca sempre um período de instabilidade, que obriga o time a se desdobrar e recuperar os pontos perdidos.
Quando a temporada é ruim, então, setembro faz o “favor” de definitivamente jogar o clube numa crise que, mesmo havendo alguma recuperação, já se torna tarde para evitar o pior (como aconteceu em 2005 e 2009).
Misticismos à parte, o tal “setembro negro” nada mais é do que o exemplo da sobrecarga de jogos que o calendário brasileiro impõe aos times. Setembro, via de regra, marca o momento do ápice do desgaste físico para os principais jogadores que atuaram na titularidade durante o ano.
Em 2013, o “setembro” Alviverde caiu em agosto, justamente pelo início prematuro dos trabalhos e o foco total na disputa do importante Tetra Campeonato Paranaense.
Em meados de junho, com o time do Coritiba já em excelente fase no certame nacional, o técnico Marquinhos Santos deu uma entrevista alertando sobre os “perigos” do mês de agosto, uma vez que coincidiriam jogos importantes contra equipes fortes, com o desgaste físico já esperado para o período.
Esse prognostico fora feito em junho!
Infelizmente, uma parcela de azar também contribuiu para que nosso período de instabilidade fosse um pouco mais penoso, uma vez que, além das contusões por desgaste físico já imaginadas para o momento, uma série de jogadores acabaram adentrando ao DM por conta de pancadas em jogos, contusões estas que fogem ao planejamento.
Por isso mesmo, quando o preparador físico Coxa Branca Glydiston Ananias, veio aos microfones e disse com todas as letras que o número de jogadores lesionados estava dentro de uma normalidade, não o fez para encobrir algum problema interno de departamento, mas sim por saber desse ápice de desgaste desde o início dos trabalhos. Em sua entrevista, Glydiston separou bem as questões de lesões musculares, daqueles traumas por impacto provenientes de jogos, mostrando que, o número de atletas em tratamento, mantinha-se dentro de uma média nacional, apenas agravando o momento por aqueles que foram vítimas de lesões fortuitas.
Nesta semana, tivemos já o retorno de Geraldo, que ajudou muito na penosa classificação da Copa Sulamericana, ainda com o time em retalhos. Para a próxima partida do nacional, voltam Alex e Lincoln, nada menos que o grande craque do time e seu suplente direto.
Para a semana que vem, espera-se o retorno de Robinho, o principal articulador do grupo. Vitor Jr mostrou em campo que foi uma excelente contratação e é um grande reforço para o elenco... E assim, pouco a pouco, vamos retomando aquele elenco vencedor, que esteve na liderança do Brasileirão por tantas rodadas.
Hoje é 30 de agosto... Domingo, no Couto Pereia lotado, iniciaremos setembro com o pé direito, deixando para trás este mês crítico, reestreando importantes peças e retomando o caminho das vitórias, partindo com tudo para recuperar a liderança perdida.
Passamos por nossa fase mais difícil e permanecemos em sexto lugar no Brasileirão, a apenas 3 pontos (uma única vitória) do G4.
Não vamos esquecer que, muitos times que hoje estão voando (por ter começado a maratona de jogos mais tarde), passarão por sua fase de desgaste, justamente no melhor momento do Coxa dentro da competição. É esperar pra ver!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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