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Luiz Berehulka10/10/13, 10h30
Reflexões em Verde e Branco

O time titular

Não adianta... Se pararmos pra pensar, futebol é um jogo, e, como tal, não é lógico ou exato. Basta analisarmos pelo seguinte aspecto: Se todos os 20 clubes fizerem um trabalho espetacular, mesmo assim apenas 1 será campeão e 4 irão cair de divisão!



Obviamente, isso se explica porque no futebol, como em qualquer outro “jogo”, há uma relevância assustadoramente grande de interferências intangíveis no resultado, como a motivação, o “momento”, ou mesmo (e principalmente) a sorte.

A verdade é que aí é que reside a “graça” do esporte. Se tudo fosse uma grande matemática, qual seria a motivação de ir ao estádio e torcer para um time que sabidamente tem a 14ª força financeira para formar elencos?

É exatamente neste ponto que quero chegar.

Muito se fala (e se critica) o fato de o Coritiba ter montado um forte time, mas um fraco elenco. O que ficou claramente caracterizado quando das inúmeras contusões e da queda monstruosa de rendimento, na falta de reposição á altura dos titulares que foram deixando a equipe.

A questão é a seguinte: Com a 14ª arrecadação nacional (com valores ABSURDAMENTE INFERIORES aos times do eixo), qual seria a “forma correta” de se montar um elenco? Manter um time mediano, que brigue por posições medianas, mas que consiga alternar titulares e reservas no mesmo nível técnico? Ou tentar as fichas num bom time titular capaz de almejar vôos mais altos, apostando nos garotos da base e promessas como reservas que possam suprir as necessidades quando necessário?



É uma discussão extensa e complicada... Mesmo porque, retornaremos à questão do início envolvendo a sorte e o imponderável, onde as “apostas” podem funcionar, ou não!

Em 2011, o imponderável fez um time considerado mediano “encaixar” e surpreender. Em 2013, o imponderável transformou um excelente time titular numa “colcha de retalhos” por conta de contusões...

O jogo de ontem fez o Coxa respirar novamente no campeonato, mas mais do que isso, trouxe um alento de que o time pode mesmo recuperar seu bom futebol.

Se no clássico, mesmo com a derrota já se pôde ver evolução, ontem isso ficou claro, e melhor, com vitória!

Pouco a pouco vamos esvaziando o departamento médico, e assim a espinha dorsal do time se refazendo.

A zaga com Leandro Almeida e Lucas Claro foi outra, sem sustos ou sobressaltos, dando a segurança que o time precisa para armar as jogadas.

Diogo e Victor Ferraz cumpriram bem seu papel nas laterais. Diogo ainda precisa se soltar mais, mas é um bom jogador, basta um pouco mais de confiança. Já Ferraz, mesmo com muitas críticas (que eu não entendo) se mostra um exímio apoiador. Robinho, outro muito criticado, tem um aproveitamento de passes melhor até que o craque Alex, inclusive dando mais um passe para gol! Uelliton é bom volante, Gil incansável... Urso voltando de contusão. Aos poucos o time vai mesmo se refazendo e deixando o técnico com opções.

A despeito do que se fala, Julio Cesar fez uma boa partida. Não apenas pelo gol, mas pela movimentação, pelas saídas da área e pelo pivô. Se não fosse o travessão, teria ainda feito mais um.



Como dizem, a vitória veio à fórceps. 1 a 0 é goleada nesse momento, onde a vitória é mais importante do que o jogo em si. Mesmo assim, deu pra se ver uma boa partida, com reestréias e a recuperação de um norte que estamos há tempos buscando. Que o time siga essa toada de seriedade, jogo a jogo, atrás do objetivo, que agora é a busca dos 45 pontos. Deixa os sonhos maiores lá pra Colômbia, onde ainda não há nada perdido!

Vamos Verdão! Sacode a poeira e vamos!

Um abraço!!
Luiz Berehulka

Luiz Berehulka

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