
Reflexões em Verde e Branco
Gato escaldado tem medo de água fria... Cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça...
Foram duas vitórias. Duas boas vitórias. Daí a afirmar a boa fase, já é um passo muito maior e que dá certo “receio”. Só nós sabemos o quanto podemos nos decepcionar acreditando num “bom momento” efêmero.
Mas independentemente, jogamos bem por duas partidas. De maneiras diferentes, com montagens diferentes, mas com o mesmo espírito de entrega, de busca pelo resultado e de confiança.
Parece que finalmente nossos atletas estão percebendo o “tamanho” da nossa camisa e como ela “exige” que seja vestida.
O Esperançômetro agradece!
Vou começar a análise com uma crítica: Não gostei do planejamento (acredito que tenha sido do departamento médico/fisiológico), da atitude de poupar alguns jogadores para a partida contra o Paysandu.
No retorno para o segundo tempo, onde o mais lógico seria a saída de Keirrison para a entrada de Alex, Celso Roth optou por tirar Robinho e Zé Love (os melhores da primeira etapa), também por conta de “poupar” os atletas. O resultado foi uma queda drástica no desempenho, e alguns sustos, o que poderia ter custado caro.
O time teve um recesso de mais de 40 dias durante a Copa, não vejo necessidade desse tipo de cuidado. Muito menos no atual momento, onde o que precisamos é fortalecer o conjunto que finalmente achamos.
A boa vitória contra o Papão “deixou isso pra lá”, mas merece a citação.
Obs. ERRATA - Fui alertado hoje que, notícias mais recentes, dão conta que tanto Zé Love quanto Robinho pediram a substituição por terem sentido um "desconforto". Portanto, as substituições (e consequente queda de qualidade) no segundo tempo foram por contingência do momento, e não para poupar atletas. Justiça seja feita ao treinador.
Como sugeri acima, eu teria entrado na mesma formação que jogou muito bem contra o Grêmio, com Dudu, Robinho e Alex no meio e Zé Love na frente.
Porém, mesmo com a armação diferente (retornando pro 4-4-2, com Zé Eduardo e Keirrison na frente), o time se mostrou bem ajustado, dominando a partida, fazendo 1 a 0 com Zé Love ao natural e sendo superior ao Paysandu em todos os aspectos. Vanderlei foi mero espectador.
No retorno, como também dito antes, as mudanças desestruturaram a equipe. Robinho vem sendo o motor do time desde o ano passado. Sua saída deixou Alex isolado e o Coritiba perdeu em velocidade na “rodagem” da bola. O Paysandu cresceu e Vanderlei passou a fazer boas intervenções.
Com o tempo se esvaindo e o time do Pará ficando ansioso (e vendo a possibilidade de empatar), espaços foram se abrindo e o Coxa voltou a tornar-se perigoso, com o bom Elber caindo pelas pontas e dando o passe (sim, porque aquilo foi um passe, não um cruzamento) para o gol de Keirrison que fechou o marcador.
Justiça seja feita: A vitória pode ser considerada ainda maior, porque a defesa de Vanderlei, já nos estertores, foi praticamente um golaço!
Por conta da defesa, o Paysandu se obriga a buscar a vitória por 3 gols em Belém. Se aquela bola tivesse entrado, o 1 a 0 no Pará decretaria a passagem de fase do Papão e a nossa desclassificação.
Golaço, não?
Mais uma linda bola dentro: Desta vez da Nike!
Fez o que? Simples... Atendeu o que a torcida queria. Deixou pra lá seus “modelos” e configurou nossa Camisa nº 2 do jeitinho que cada um de nós esperava: As linhas que se estendem por toda as costas (sem aquele “quadrado” chapado para a numeração), a gola em “V”, a tonalidade do verde, os números sobrepostos.
E como um digno presente à comemoração dos 29 anos da maior conquista do Coritiba, foi lançada uma das mais belas (senão a mais bela) reedições da Mística Jogadeira.
E assim, de camisa (linda) nova, de passagem de fase bem encaminhada na Copa, voltando a vencer no Brasileiro e tendo feito um lindo jogo fora de casa contra um dos “grandes”, o Coritiba retoma suas atenções para o Nacional e encara o Corínthians, domingo, no Majestoso Couto Pereira.
Se estamos em boa fase ou não, só o tempo poderá confirmar... Mas é certo que a última semana nos trouxe bons prenúncios, que há muito não sentíamos.
É aproveitar a “vibe” positiva, fechar com o Time, vestir a Jogadeira e correr atrás do tempo perdido!
Vamos, vamos meu Verdão!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
Final de julho é sempre uma festa, começa no dia 30 com o aniversário do meu grande amigo Leon, passa dia 31 pelo aniversário do nosso Título de 85 e termina dia primeiro com o aniversário do meu velho amigo e compadre Zaruba (Rodrigo Zaruvny). Dizem que muito do que somos é por conta das nossas escolhas e das nossas companhias... E esses caras foram (e sempre serão) fundamentais, não só por ajudarem a construir o que sou hoje, mas por fazerem parte das melhores lembranças que tenho! Parabéns caras! “Cavus Clavis Viridis”.
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