
Reflexões em Verde e Branco
Nosso clube tem dois problemas seríssimos, que só com a extirpação deles, poderemos enfim crescer verdadeiramente: 1- A política interna podre, traiçoeira e autofagista; e 2- O conceito equivocado de “torcedor fiscalizador”. Ambos são repletos de pessoas cheias de justificativas para assim proceder, mas que na prática, apenas definham o clube.
Sobre a política interna pouco me interessa falar... Porém, o item 2, torcida, engloba todos nós, aí fica impossível passar inerte.
Pode parecer pouca coisa, mas a “neura” está chegando a tal ponto, que um torcedor encaminhou uma reclamação ao influente Blog da Torcida do Coritiba, no Globoesporte, reclamando que, ao se analisar a paleta de cores no Photoshop (ou qualquer programa similar), o tom do “verde” do escudo do Coxa está mais para o azul do que para o verde!
Como deduzir o que é azul e o que é verde num degradê tonal?
Eu coloco isso próximo do inacreditável!
Porém, entre a busca de pêlo em ovo e chifres em cabeça de cavalo, me deparei com algumas pessoas, em redes sociais, questionando a questão da pré temporada em Foz do Iguaçu.
As argumentações passavam desde “pra que Foz, se tem um CT todo equipado?”, até “não dava pra contratar jogadores com a fortuna que gastam com o Bourbom em Foz?”.
Bom, vou permear aqui o pouco que sei de pessoas ligadas ao clube, com o muito que está publicado na imprensa e não é difícil de localizar.
A questão é que o clube já está tornando uma “tradição” as pré temporadas em Foz do Iguaçu. Para isso, tem bons e fundamentados argumentos, que passam bem longe das mirabolantes conjecturas dos desconfiados torcedores:
- Foz do Iguaçu é quente, muito quente, nesta época do ano. Desde a primeira pré temporada lá, percebeu-se que, a adaptação do elenco a esse clima complicado, tornava o grupo mais tolerante a enfrentar situações de calor extremo em algumas partidas, sejam elas pelo interior paranaense, sejam elas pelo norte/nordeste do Brasil.
- O nosso Centro de Treinamento, apesar de moderno, sofisticado e perfeitamente aparelhado, não possui (ainda) uma ala de hospedagem para os atletas (o plano é o novo CT contar com esse “plus”). Fazer a pré temporada aqui, implicaria em deslocamentos entre hotel e CT, talvez até com os atletas indo para suas residências. Isto prejudicaria muito o clima de “concentração” necessário para uma eficaz pré temporada.
- É importante “blindar” um pouco o elenco da imprensa local. Todos nós sabemos da má vontade (pra não tecer outros comentários) da imprensa da Capital com o Coritiba. Isolar um pouco os atletas nesse período de testes e adaptações é salutar.
- Levar a marca do Coritiba com frequência ao interior do Estado. Pode ser uma incursão pequena, mas qualquer ato de difusão da marca não pode ser descartado, o que beneficia o clube de maneiras diretas e indiretas, uma vez que muitos patrocinadores levam em consideração essa exposição mais democrática.
- Por fim (e não menos importante), a “cereja do sunday", o Coritiba não tem gastos com hospedagem para permanecer em Foz do Iguaçu. O grande trunfo dos “fiscalizadores” vai por água abaixo quando se externa que o Coritiba tem um acordo de permuta com o Bourbom (e é por isso que se hospeda em Bourbons pelo Brasil), utilizando-se de seus serviços, em troca da publicidade que o próprio clube faz disso, seja nas coberturas de imprensa, seja em divulgação direta.
Não sei se isso encerra a discussão (eu, por conhecer nossa torcida, acho que não)... Mas não é difícil perceber que os motivos do clube são mais sólidos do que as conjecturas desconfiadas.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
Obs. Um leitor me questionou na coluna de ontem, que o conteúdo seria o mesmo da coluna publicada por Leonardo Mendes Jr na Gazeta do Povo. Mas não! A coluna do Leo Mendes trata de vários pontos que, coincidentemente, passaram também por Djair e Primão. Quando imaginei o paralelo desses atletas com Castorzinho, sequer tinha lido a Gazeta (evito ler os jornais daqui por motivos óbvios), mas confesso que fiquei feliz com a coincidência, afinal, Leonardo Mendes Jr, assim como Luiz Claudio Massa, fazem parte dos poucos bons (e imparciais) colunistas que ainda restam na nossa moralmente combalida imprensa esportiva paranaense.
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