
Reflexões em Verde e Branco
Da festa eu falei ontem, ressaltei o expressivo número alcançado por Alex e tudo o que ele representa como jogador e como torcedor do nosso Verdão.
Do jogo é fácil falar. Vitória, como o esperado, mas com dificuldades (um a zero), também como o esperado. O time ainda não encaixou (natural, essa é a segunda partida) e acredito que o Dado tenha que se decidir de uma vez pela peça certa na lateral direita. Além do que, com as saídas de Urso e Willian, o Clube precisará buscar um primeiro volante pra ser titular, não podemos contar com improvisações neste importante setor.
Obrigação cumprida, vou falar de algo que, infelizmente, me chamou muito a atenção na noite de ontem...
É normal criticarmos a nossa imprensa, principalmente pela parcialidade costumeiramente mostrada ou pela insistência em proteger lados, como se houvesse algum objetivo por trás de tudo.
Muitos “defendem”, dizendo que não se trata de má intenção, mas sim falta de qualidade mesmo... O que eu, via de regra, concordo, pois somos obrigados a ouvir comentários de “profissionais” que muitas vezes sabem tanto de tática quanto meu filho de 9 anos, ou, de tão desatualizados, trazem fundamentos que sequer se aplicam ao futebol de hoje.
Enfim...
Ontem, não pude estar no estádio por problemas pessoais e me vi obrigado a assistir o jogo pelo PFC.
Como a transmissão sempre começa com 15 minutos de antecedência à partida, me ajeitei ansioso no sofá para acompanhar, mesmo que de longe, a festa pelos 1000 jogos do nosso craque Alex... Foi aí que começaram as surpresas:
Enquanto a festa acontecia, Felipe Lestar (narrador) e Dida (comentarista), permaneciam falando de muitas coisas, menos do que estava acontecendo ali, tendo eu, como telespectador, que me esforçar pra “pescar” o momento pelos flashs de imagens que apareciam.
Quando Lestar resolveu falar, falou com uma superficialidade absurda, sem trazer dado algum, sem identificar peculiaridade nenhuma... Dida calado ou tecendo protocolares e rasos elogios...
A impressão que dava (impressão?) é que não houve nenhuma preparação para transmitir o momento, nenhum roteiro, nenhuma busca de informações junto ao Clube... Nada! Ou, se houve, o resultado final foi de uma incompetência (ou descaso mesmo) absurda!
De repente, a câmera passou rapidamente por algo que parecia uma bandeira de Minas Gerais. Pensei: O que será aquilo?
Me desdobrava, entre as rápidas imagens, para tentar entender o contexto, e aí, quando percebi uma bandeira da Turquia e outra de São Paulo, pude deduzir que se tratava das passagens de Alex em sua carreira.
Vi uma plaqueta com números... Acredito que sejam os números de partidas que fez em cada lugar... Não sei... Não foi falada uma vírgula sobre isso na transmissão.
Transmitiram (transmitiram?) a linda festa para Alex sem empolgação, sem emoção, sem informação, sem cuidado... Sem nenhum interesse que aquele momento mágico fosse realmente transmitido para fora do Couto Pereira.
Um show! Um verdadeiro show... De horrores!
Incompetência simplesmente? Eu já ando duvidando dessa teoria...
Só sei que, quando filmaram uma faixa escrito “KRALEX” e ouvi do totalmente desinformado narrador que se tratava de uma homenagem “irreverente” de um torcedor, desisti!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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