
Reflexões em Verde e Branco
O time poderia ser líder com uma boa vantagem sobre os demais... Os outros resultados ajudaram... Tivemos dois jogos em casa pra fazer seis pontos e disparar na frente... Mas não conseguimos! Isso mostra como o campeonato é nivelado e como qualquer ponto é importante na busca pelo título.
Quem é o autor dessa declaração?
Eu?
Marquinhos Santos? Bill? Robinho?
Não... Nenhum destes. Quem falou isso, já de cabeça fria, em entrevista coletiva após o jogo, foi o craque Seedorf, do Botafogo, atual líder do certame, dois pontinhos à frente do Coxa.
Achou que eu estava falando do nosso Verdão, né? Pois então... pra você ver que esse campeonato está difícil para todo mundo, e a mesmíssima visão que a gente tem (de ter perdido pontos importantes em casa, mas a rodada ter ajudado), o Botafogo também tem, o Cruzeiro também tem...
O mais importante disso tudo, é saber que o Coxa está brigando lá em cima, disputando ponto a ponto com Cruzeiro, Botafogo, Grêmio e Inter a liderança do Campeonato, almejando o título como grande clube que é.
É verdade que tivemos dois jogos ruins, mas essa história de que “a rodada ajudou”, nada mais é do que o exemplo de que, com os outros clubes, acontece a mesma coisa. Todos tiveram tropeços em casa, todos hoje lamentam o fato de não terem conseguido a arrancada que imaginavam, e todos vão seguir à frente tentando recuperar esses pontos.
Aqui, abro parênteses para um detalhe: Esses times a que me refiro, tropeçaram, assim como o Coxa... No entanto, nenhum deles teve 8 jogadores afastados comprometendo uma mesma partida.
Muito se fala de elenco, de que não temos reposição e tudo mais. Mas aí pergunto: Qual é o time no Brasil que consegue repor 8 jogadores à altura?
NENHUM! Nem o Cruzeiro com seu belo elenco tem como repor 8 jogadores (praticamente um time inteiro) e manter seu patamar de apresentação.
A questão não é a qualidade das substituições, mas sim o fato do time ser obrigado a alterar um volume enorme de atletas (pior quando todos são praticamente de um mesmo compartimento, como no nosso caso, meio campo/ataque). Nesse cenário, a perda não é apenas técnica, mas sim de entrosamento e ritmo de jogo.
Estamos passando por um momento turbulento, coincidindo lesões com suspensões. Talvez seja a nossa pior fase dentro desse campeonato e, mesmo assim, permanecemos no G4, com chances totais (e reais) de retomar a campanha e manter acesa a chama do título.
Domingo é dia de ir á São Paulo e tentar recuperar os pontos perdidos. O Corinthias é uma excelente equipe, campeã mundial, mas que joga e deixa jogar, diferentemente das retrancas (e anti jogo) que vimos no Couto nos dois últimos compromissos.
O Coritiba segue vivo, mais vivo do que muitos imaginam.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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