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Reflexões em Verde e Branco
Falar o que?
O mesmo que eu venho falando em exatamente todas as colunas que escrevo?
Era óbvio que uma hora a coisa iria estourar. Até mesmo porque, caso não estourasse, teríamos um sério problema nas competições nacionais. O bom de tudo isso (se é que dá pra chamar uma desclassificação num campeonato de nível modesto, como o Paranaense, de bom) é que adiantaremos atitudes, pois, da forma como está é que não pode permanecer.
Vamos lá, pela enésima vez:
- O Coritiba (e time nenhum no mundo) pode jogar sem um primeiro volante, sem alguém na cabeça de área e que proteja a frente dos zagueiros.
- O Coritiba tem sim bons jogadores, não precisa (e nem deve) improvisar laterais na meia, meias de volantes e armadores de atacantes.
- Não é concebível que, após uma longa pré temporada, a equipe adentre Abril sem sequer uma jogada ensaiada, um mínimo padrão de jogo ou ao menos um 11 titular.
- Não se pode mais tratar as questões de lesões no Coritiba como algo comum, porque definitivamente não é.
A questão técnica está aí, escancarada e lamentavelmente consumada.
“Ahhh, mas não temos um bom elenco... Não podemos jogar tudo nas costas do técnico”.
Conversa! Já analisamos há algumas postagens atrás, e temos bons jogadores. Óbvio que, comparando-se com Cruzeiro ou Internacional, temos um time bem inferior, mas se formos analisar por aqui, nosso elenco é infinitamente superior a qualquer outro do Campeonato Paranaense, inclusive ao Maringá, que ontem nos desclassificou.
O problema é que, além da questão técnica, temos um sério problema extra campo.
“Ahhh, mas não se pode atrasar salários”.
Conversa! Esses dias mesmo manchetes estampavam o próprio Fluminense e o grandessíssimo Cruzeiro com atrasos na folha e em direitos de imagem. Apesar de errado, é lugar comum no nosso inflacionado e irracional futebol brasileiro (mundial?).
O que não se pode é admitir um motim como ocorreu no Coritiba e se deflagrou com essa história de Carta!
Jogador está lá pra jogar futebol, torcedor pra torcer, e dirigente pra administrar. Quando as coisas saem de seu viés, o caos se instaura!
Estamos num momento onde o torcedor acha que é auditor do Clube, dirigente acha que é torcedor e sai falando asneira por aí, empresário de jogador acha que pode ser conselheiro e jogador acha que é dirigente e quer organizar administrativamente a instituição!
Tá tudo errado!
E o resultado é esse que estamos vendo aí, um Penta Campeonato jogado no lixo e um time que, mesmo tendo peças, não joga porcaria nenhuma!
Alguma coisa tem que ser feita, e pra ontem!
As coisas têm que ser colocadas em seu devido lugar, nem que pra isso pessoas tenham que ser cortadas, sejam elas dirigentes, conselheiros, membros da comissão técnica, jogadores ou até mesmo “torcedores”, independentemente da importância que qualquer um deles tenha, ou “ache que tenha”.
Num navio, todos os motins terminam ou com o capitão na prancha, ou com os cabeças do movimento mortos.
Eu estou esperando!
Não me importo com o final... Não me importo com quem vai ser sacrificado... Mas quero (e exijo como torcedor) que isso termine.
O Coritiba é maior que todos nós! O Coritiba é maior que todos vocês!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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Ver todos os comentáriosSabe aquele bate papo entre torcedores, amigos ou colegas de trabalho? Aquela situação levantada no churrasco, ou aquela dúvida que de repente alguém ouviu do amigo do primo do vizinho do fulano? Então, essa é a ideia do blog! Sem obrigação de seguir uma filosofia, ou mesmo uma tendência, a intenção é trazer sempre temas atuais relativos ao Coritiba, com o objetivo de simplesmente pensar o Coritiba... refletir sobre o Coritiba dentro de uma ótica de torcedor.
Luiz Berehulka, advogado, designer, músico e coxa branca desde criancinha! Frequenta o Couto desde sempre e não se contenta em simplesmente torcer, está constantemente contribuindo com o clube e usando seu tempo livre para promover as cores do Coritiba. Foi autor da conhecida versão lenta do Hino Eterno Campeão de Francis Night, já tocou seus arranjos das músicas do Coxa em diversos eventos do clube e é pai do André, o menininho que ficou famoso no Youtube cantando o hino inteiro do Coxa quando tinha só dois aninhos. Sempre que pode está nas redes sociais, debatendo as coisas do seu time de coração e divertindo os amigos (e irritando os adversários) com suas montagens sarcásticas.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
