
Reflexões em Verde e Branco
Sinceramente? O desempenho do time não me surpreende... E não pelo aspecto negativo, pois após a chegada de Celso Roth, o Coritiba mudou sua forma de atuar e tem jogado de maneira consistente e até convincente.
Que se separe muito bem as coisas: Falo de jogo, não de resultado!
O problema é que futebol não é como uma luta de boxe, onde o desempenho conta pontos e, ao final, mesmo “levando porrada”, pode-se chegar à vitória.
Aqui a “luta” é mais prática: Ou se vence, ou nada vale.
Do ânimo inicial, passamos para um estado de aflição. E não por desempenho, mas simplesmente porque os resultados não estão aparecendo.
Tenho para mim claro que, em nenhuma partida, jogamos um futebol deficitário. Porém, entre falhas pontuais (seja no ajuste da criação, seja na falta de gols em algumas partidas, seja na desatenção em momentos importantes), acabamos deixando escapar dois resultados que hoje fazem toda a diferença na tabela.
Perder “de pé” para um Cruzeiro, em pleno Mineirão, sempre correndo atrás do resultado e fazendo dois gols, não deixa de se uma jornada normal. Empatar com o São Paulo, jogando bem, em pleno Pacaembú, é algo a ser enaltecido e não criticado. Mesmo o empate contra a Chapecoense, em seus domínios, debutando na Série A, não pode ser encarado como um mau resultado.
Os dois resultados a que me refiro foram: O empate contra o Santos e a derrota frente ao Sport, ambos no Couto Pereira.
Se a “lição de casa” tivesse sido feita, os bons empates fora seriam comemorados, assim como a “derrota honrosa” para o Cruzeiro seria absorvida facilmente.
O grande detalhe é que, mesmo nesses dois maus resultados, não fizemos más partidas.
Pecamos grandemente no arremate final em ambas, tivemos uma pitada generosa de azar... Mas o resultado é que não pontuamos como deveríamos e o Brasileirão cobra caro por isso.
O que me deixa confiante são as próprias experiências anteriores. Em 2013, começamos muito bem, porém, restringindo a boa fase a resultados. Dentro de campo, mostrávamos um futebol burocrático e que não só “não empolgava”, mas como também “não convencia”.
O desfecho foi o que todos viram: Passada a “boa fase”, o time perdeu-se. As contusões vieram e, a falta de um padrão de jogo, não permitiu que o grupo retomasse o “fio da meada”. Não tínhamos futebol pra isso... Não tínhamos coesão pra isso... E no fim, a salvação veio muito mais na raça e na vontade, sob o comando de Tcheco (que conseguiu unir o elenco e afastar problemas internos gerados por outros jogadores), do que na qualidade do conjunto.
Esse ano, apesar do início preocupante, diferímo-nos de 2013. Apesar de não estarmos auferindo os resultados, estamos demonstrando dentro de campo qualidade e capacidade para evoluir.
É público e notório a falta de um centro avante de ofício e outro meia para substituir Robinho, porém, necessidades pontuais à parte, vemos em campo um time ajustado e que se porta de maneira compacta, seja dentro, seja fora de casa.
Lembrem-se: Em 2013 dormimos líderes invictos no recesso para a Copa das Confederações, e isso pouco significou no final das contas.
A água está subindo, precisamos “remar” urgentemente... Estamos escaldados... Mas nunca é demais um pouco de paciência e apoio.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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