
Reflexões em Verde e Branco
Fechei minha última postagem (Fantasia x Realidade), com a seguinte frase:
“Se faltava uma vitória fora de casa, ou uma apresentação convincente sem Alex em campo... Agora não falta mais nada! 1985-2013 – Eu tenho certeza!!!”
Pois eu estava errado: Faltava sim! Faltava uma má apresentação, um jogo onde nada desse certo, onde o time como um todo fosse mal, onde o futebol apresentado não fomentasse esperança de virada, onde perdêssemos de forma merecida.
O problema maior não foi a derrota em si, nem o fato de termos nos apresentado muito mal (uma hora isso poderia acontecer), mas o reflexo que isso teve na torcida.
Em 13 partidas, tivemos 11 disputadas em nível excelente, uma razoável (contra o Bahia) e uma péssima (contra o Vasco), fomos invictos por 11 rodadas, líderes por várias e mantemo-nos em terceiro lugar... Mesmo assim, o cenário hoje é de terra arrasada. Como se tudo que foi construído tivesse sido esquecido, como se a excelente campanha que ESTAMOS FAZENDO, não significasse nada.
O problema é o seguinte: DESACOSTUMAMOS A PERDER!
O Coxa Branca, hoje, não sabe como lidar com a derrota. A hegemonia estadual, as belas campanhas nacionais e a regularidade invejável deste ano, deixaram o torcedor mal acostumado. E isso é ótimo! É a prova cabal da qualidade e da capacidade do nosso Verdão.
É praticamente impossível um time passar o campeonato todo sem perder dentro de casa, assim como é praticamente impossível transcorrer 38 rodadas jogando sempre bem. Essas variações é que dão graça ao futebol.
Ontem mesmo, tanto Botafogo quanto Cruzeiro (que disputam a ponta com o Coxa) enroscaram dentro de casa! Tudo bem que isso significaria a nossa liderança, caso tivéssemos vencido... Mas é a mostra de que TODOS OS TIMES farão boas e más partidas, vencerão e perderão, arrancarão vitórias importantes fora de casa e deixarão escapar pontos importantes em seus estádios.
O Campeonato Brasileiro é longo e difícil... Tivemos um péssimo resultado, mas continuamos em extraordinária posição na tábua e na disputa do título!
A partida foi horrível.
Difícil falar do jogo, porque foi ruim como um todo. Marquinhos entrou no 3-5-2 não porque intentava reforçar a marcação, mas principalmente pela ausência de Robinho. Sem o “carregamento de bola” do meia, a ideia era liberar os alas (principalmente Victor Ferraz), para forçar o ataque pelos lados. Não funcionou!
Com a contusão de Alex, Bottinelli entrou mas não esteve bem (aliás, não vem aparecendo bem), assim como Sérgio Manoel, que não conseguiu fazer a função que se esperava dele como segundo volante.
Zé Rafael substituiu Lincoln, mas foi um 6 por meia dúzia, não na questão de qualidade (porque Lincoln não estava comprometendo), mas porque o time permaneceu com apenas um jogador na criação (e este bem marcado), não mudando o panorama da partida.
Talvez a melhor substituição naquele momento fosse a entrada do Zé Rafael no lugar de Bottinelli (que entrou e não conseguiu executar o esperado), mas aí, além de tudo, entra a questão da “queima” do jogador, coisa que a comissão técnica tem mesmo que ter muito cuidado.
Em suma... É como dizem, um dia onde nada deu certo. A formação inicial não funcionou, as substituições idem e o resultado apenas estampou a seqüência de fatos.
Agora é bola pra frente, organizar a casa, aprender com os erros e partir pra cima, porque quarta feira tem jogo e PRECISAMOS DA VITÓRIA, que mais uma vez, pode nos colocar na liderança.
E que Marquinhos reflita bem. A ausência de Robinho mostrou uma coisa que muitos não percebiam: A importância desse jogador para o time do Coritiba.
Robinho é o cara que faz o “trabalho sujo”. É o operário que “carrega a bola”, é aquele que ajuda na marcação e faz a ligação entre os compartimentos do time. É o coadjuvante perfeito para o Alex, aquele que arruma o salão para o craque desfilar.
Bottinelli não tem essa característica, Lincoln muito menos. Talvez o garoto Zé Rafael seja o atleta do grupo que mais se assemelha ao jogo do Robinho (basta lembrar da antológica partida que ele fez ao lado de Alex, contra o Arapongas, pelo Campeonato Paranaense). Mas isso é tarefa para o Marquinhos e para o Tcheco. Se há algo de bom num péssimo jogo como este último, é a reflexão que ele causa... Pode ser o estopim para uma boa análise do grupo e da característica dos jogadores.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
Ps. Desculpem as fotos de menor qualidade e sem a identidade visual que tem sido mantida no Blog, mas estou temporariamente sem meu computador (na manutenção), usando um "reserva" sem os mesmos recursos! Na próxima tudo estará de volta ao "padrão"!
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