
Reflexões em Verde e Branco
Estava pensando no que escrever e em como escrever... Mas estamos numa fase que é complicado não somente analisar o comportamento do time, mas tentar explicar alguma coisa.
Um ponto é fato: O time é inerte e segue sua toada, ganhando ou perdendo, em casa ou fora!
Chega a ser irritante ver os toques de lado e os passes curtos (quase sempre imprecisos), mesmo quando o time está perante sua torcida e perdendo o jogo.
Analisando friamente, os resultados têm vindo melhores fora de casa pelo simples fato do time se portar como uma “arapuca” e valer-se da sua inércia irritante para “cozinhar o galo”. Em casa, onde há a necessidade de impor-se, o resultado é sempre este que vemos, empates e derrotas emoldurados por uma inoperância angustiante.
No jogo de ontem, na derrota para o Flamengo, os únicos lampejos que tínhamos de perigo, vinham dos pés (e da vontade em agredir) de Geraldo. Mas aí o técnico sacou ele do time.
Não entendi bem a ideia, nem faço parte do dia a dia do clube para saber se Geraldo seria a melhor opção dali para a frente.... Mas me causou muita estranheza ver o treinador tirar uma das poucas (únicas) alternativas de ataque do time.
O “jovem” Zé Rafael entrou, “sedento” por agarrar essa nova chance após retorno de empréstimo... E jogou como um veterano! Não na sabedoria, mas na lentidão e na letargia de quem pouco pode contribuir.
Quem é o líder? Quem é que grita em campo?
Até que em dado momento, quando não se via mais alternativas, Zé Love começou a tentar sozinho. Insistentemente sozinho.
Talvez pensasse: “Tocar pra que? Pra quem?”... E o “bumba meu boi” entrou em cena, com dribles de cabeça baixa, quase sempre (sempre, sim...) sem efetividade alguma.
E a diretoria?
Bom, não sei o que ela pode efetivamente fazer nesse momento. Mas o que ela “não pode” fazer eu sei bem: Não pode ficar de pé, na pessoa do seu presidente, encarando torcedores indignados e chegando ao cúmulo de chamar alguns para a briga (lógico, cercado de seguranças).
Alex saiu da Tribuna “à francesa”, lá pelos 35 minutos do segundo tempo. Fez bem...
A impressão é que chegamos num daqueles pontos re ruptura, onde independentemente do resultado final (se trágico ou salvador) o clube precisa dar uma “guinada”.
“Fica Abel, fora Jacob Mehl!!! Fica Abel, fora Jacob Mehl!!!”, ou “Fora Dionézessss!!! Fora Dionézessss!!! Fora Dionézessss!!!”, ecoam tão familiares neste momento...
Guardadas as devidas diferenças, o que estes momentos têm em comum? Talvez o fato de, em longo prazo, nada ter mudado!
O que precisamos hoje é uma mudança de mentalidade, NÃO DE PEÇAS simplesmente!
Falando de bola?
Bom, acredito que o repertório do técnico Celso Roth terminou.
Iniciou muito bem, deu consistência à uma zaga completamente perdida e introduziu uma excelente postura para jogos fora de casa (coisa que não víamos há anos).
Porém, a inércia e indolência do time, principalmente em jogos dentro de casa é talvez um dos efeitos colaterais dessa melhora nas partidas fora.
Precisamos urgentemente de um choque no elenco. Talvez uma nova mentalidade.
Jogar mais bola eu acredito que seja impossível (e nem acho que precise muito mais bola para se salvar), mas uma injeção de gana e vontade seria primordial para almejar alguma coisa.
Está na hora de um psicólogo, não de um técnico.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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