
Reflexões em Verde e Branco
Uma coreógrafa belga, que superficialmente estudou a diversificadíssima cultura brasileira, foi a responsável pelo “espetáculo” de abertura da Copa 2014. O resultado não surpreendeu: Árvores, índios, muita dança e batuque, num festival de clichês latinofóbicos e de uma pobreza assustadora.
Deprimente.
Rareados “gatos pingados” dançando naquele amplo e disperdiçado espaço, com fantasias de gosto duvidoso, numa sequência ilógica e continuísmo tão absurdo quanto. Um “show” digno das “grandes” apresentações do Dia da Árvore em qualquer Jardim de Infância.
Qualquer carnavalesco carioca teria feito algo muito mais suntuoso, impactante, denso e condizente com a nossa cultura.
Enquanto isso, o chute inicial, realizado por uma pessoa paraplégica usando um exoesqueleto funcional desenvolvido por cientistas brasileiros, foi “esquecido” num canto, ignorado até mesmo pela transmissão televisiva oficial, que se limitou a mostrar um “replay” do momento.
Lamentavelmente, um retrato do Brasil e de como essa Copa foi concebida e conduzida.
O jogo foi bom, como imaginado.
Não diria que a Croácia surpreendeu, afinal, eu esperava mesmo um futebol bem jogado e inteligente. Mas a forma como os croatas se doaram e marcaram a saída de bola, foi algo que assustou até mesmo a seleção, que só conseguiu equilibrar as ações ao final do primeiro tempo.
Assim como falei ontem, o Brasil “sentiria” o primeiro jogo, a falta de ritmo e a pressão de jogar em casa. O gol contra de Marcelo, logo no inicio, deixou tudo ainda mais dramático.
Mas também como anteriormente analisado, a qualidade individual brasileira seria o suficiente para garantir os 3 pontos na estréia. Neymar fez o que se esperava dele e Oscar foi perfeito na partida, merecendo aquele terceiro gol para coroar sua apresentação.
O Brasil realmente mostra que vem forte, assim como se viu na Copa das Confederações.
Passada a tensão inicial da estréia e o peso de jogar em casa, o rumo natural é que o conjunto melhore e o futebol se aprimore.
Muito foi falado após a partida sobre o árbitro japonês Yuichi Nishimura. Principalmente pelo lance da dita “cotovelada” de Neymar e do pênalti marcado em cima de Fred.
Na minha opinião, absolveria o Juiz nestes pontos.
O cartão amarelo aplicado em Neymar foi de bom tamanho. Para garantir a disputa de bola o brasileiro elevou o braço e atingiu o rosto do atleta croata. Falta e advertência com cartão. Pronto.
Não foi uma agressão deliberada, muito menos uma “cotovelada” no rosto como apontado por muitos.
A verdade é que “poderia” ser aplicado o vermelho. É questão de interpretação.
Mas entre o “poderia” e o “deveria”, a distância é bem grande.
No lance da penalidade, assistindo a partida, ao ver Fred dominar e tentar o giro para o chute, gritei “pênaltiiii” convictamente. O transcorrer da jogada em tempo real (e sem aparatos de câmera lenta e replay) me deu a certeza da falta.
Analisando as imagens após o momento, é possível gerar a dúvida: O agarrão houve, mas a força seria suficiente para derrubar Fred?
Agarrar é pênalti? Ou precisa derrubar o oponente para se configurar?
Na minha opinião, pênalti... Na de muitos não. Novamente, é questão de interpretação e análise.
Disso a dizer que “foi roubo”, acho um pouco de exagero.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
E hoje é dia dele! Aquele que sempre foi um exemplo pra mim... Que me ensinou a ser o que sou hoje e teve sabedoria para não me fazer paranista como ele! Ehehehehehehe...
Feliz aniversário, Pai!
Um beijo!
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