
Reflexões em Verde e Branco
Jajá chegando e Adriano próximo do acerto!
Jajá é meia atacante de velocidade, exatamente a função onde era apontada a maior carência da equipe antes das saídas de William e Urso.
O mau desempenho ofensivo da segunda parte de 2013, foi muitas vezes apontado como fruto da saída de Rafinha e da carência de um jogador com estas características de “desafogo” do time.
Agora, além de Roni (que vem jogando bem e evoluindo a cada partida) e Geraldo, temos no elenco Jajá, que é bom jogador e só retornou da Ucrânia por conta da crise bélico/política que aquele país enfrenta.
Desde que Junior Urso e William foram negociados, o Coritiba vinha se ressentindo de um primeiro volante de ofício. Pelo menos é isso que Dado Cavalcanti dava a entender em suas entrevistas... O que eu discordo.
Ícaro é primeiro volante, assim como Chico (que sempre foi primeiro volante, antes de se adaptar a jogar como zagueiro, ainda em seu clube anterior).
Talvez entremos aí na questão da confiança do treinador: Ícaro é jovem ainda e Chico está já acostumado à zaga.
Por isso mesmo, a notícia da vinda do bom volante Adriano, do Grêmio, anima a torcida alviverde. Teríamos novamente um primeiro volante “da posição” e deixaríamos de jogar com dois segundos volantes (Gil e Germano), tornando o time mais coeso e com todas as peças necessárias em seus devidos lugares.
Acredito que, com a chegada desses dois jogadores, teremos um bom plantel para enfrentar o ano, diferentemente do que a imprensa tendenciosa aponta em sua rotina de desmerecer o Coritiba.
- No gol, Vanderlei, Willian Menezes e Vaná formam uma tríade de respeito.
- Na lateral direita, Victor Ferraz e Moacyr. São dois jogadores para uma mesma posição.
- Na zaga, Luccas Claro, Bonfim, Chico, e Leandro Almeida. Quatro atletas para duas posições.
- Na lateral esquerda, Carlinhos e Diogo. Novamente, dois jogadores para uma mesma posição.
- Na cabeça de área, Adriano (em se confirmando a transação) e Ícaro. Um titular e um reserva que dispensariam improvisos.
- Como segundo volante, Gil e Germano. Dois jogadores com características parecidas e que brigam pela mesma posição.
- Na meia, Alex, Robinho, Norberto, Diogo Sodré, além dos meninos Dudu, Denner e Lusinho. São vários atletas para uma composição de apenas dois, garantindo a reserva e reposição.
- O ataque com Roni, Jajá, Geraldo e Maykinho na aproximação, e Zé Love, Julio Cesar e Keirrison na conclusão. 7 atletas revezando 2 posições.
Independentemente de se criticar a qualidade desse ou daquele, inegável que temos um elenco com ao menos dois jogadores de qualidade similar (à exceção de Alex) para cada posição, o que torna o time homogêneo.
Ano passado, escrevi bastante sobre o dilema entre se ter um time titular excelente em contraponto a um time mediano, mas com peças de reposição de mesmo nível.
Nosso 11 que nos encheu de esperanças em 2013, fraquejou no momento onde contusões desfalcaram a equipe. Em contrapartida, times como Vitória e Goiás, que jamais apontaram como grandes candidatos a alguma coisa, realizaram belíssimas campanhas baseados na homogeneidade de seus plantéis.
Hoje, finalizando a negociação de Adriano, posso dizer que temos um time “médio”, porém, com peças de reposição que não causariam nenhum sobressalto na necessidade de utilização, além de um centro avante eficiente (Zé Love) e um grande diferencial (Alex).
Será essa a fórmula do sucesso? Sinceramente não sei. Porém, certeza eu tenho de que, apostar todas as fichas apenas num time titular, não é!
Tempo agora de paciência e torcida para que Dado consiga “encaixar” bem esse time.
O ano está só começando... E ao contrário dos apontamentos pessimistas, estou vendo esse time com bons olhos!
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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