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Luiz Berehulka09/01/14, 01h00
Reflexões em Verde e Branco

(in)contestáveis

Como podemos observar nos noticiários acerca do nosso Verdão, muitos atletas estão deixando o clube (via de regra, aqueles mais contestados no ano de 2013), permanecendo (ou tendo seus contratos renovados) alguns poucos.

A pedido de um leitor (e por considerar a pontuação importante), vou comentar o que penso a respeito de dois jogadores, Julio César e Germano:

Julio César, segundo informações veiculadas pela imprensa, permanecerá. Não torço o nariz como a maioria.

Qualquer zapeada pelos clubes, ou sondagens no mercado, mostra que não está fácil encontrar bons atacantes de área. Os melhores ou já estão empregados, ou fazem parte de um patamar salarial impossível para o Coxa.

Ademais, Julio César, apesar de deveras instável no ano de 2013, teve algumas boas partidas, vide a desesperadora reta final, onde o “só tem tu, vai tu mesmo” acabou colocando-o na titularidade e mostrando que, apesar da falta de gols, é um atleta de boa qualidade e de entrega em campo.

Não podemos esquecer que, em 2011/2012, Julio teve uma excelente passagem pelo Figueirense (inclusive sendo o artilheiro do time), o que o credenciou a vestir a camisa alviverde.

Como já temos Deivid (um dos raros bons atacantes deste país), acho a permanência de Julio César muito boa ao Coritiba, pois conta na suplência com um jogador que mostrou potencial e dedicação num dos momentos mais complicados do ano anterior e que, segundo seu histórico, pode sim vir a se reencontrar e ser muito útil.

Germano teve poucas chances no ano passado, mas mesmo assim teve seu contrato renovado (até 2015, salvo engano).

Vindo de excelente passagem pelo Londrina (foi o principal jogador do time interiorano na surpreendente campanha Estadual), Germano estreou muito bem pelo Coxa, apesar da expulsão naquela partida (muito mais pelo excesso de vontade do que por negligência ou mau futebol).

É um segundo volante que, além de marcador, tem boa visão de jogo e sabe atuar na armação de jogadas. Comparo-o a Robinho, que, de muito contestado, foi um dos principais jogadores da meia cancha no ano anterior.

Desde a saída de Léo Gago, o torcedor do Coritiba tem sentido na pele a dificuldade de se encontrar um segundo volante de ofício. Por isso mesmo, um jogador com as características de Germano, não pode ser preterido.

Como foi falado na coluna de ontem, o Coxa precisa agir com extremo cuidado nas contratações, trazendo atletas de custo acessível e de retorno satisfatório.

Germano é bom volante, está dentro dos patamares financeiros do clube e tem potencial para evoluir. Creio que com um time bem encaixado, pode ser umas das primeiras opções de banco, senão o próprio titular na função de segundo volante.

É cedo ainda para fazer uma análise do elenco. Me prendi a estes dois atletas porque fui questionado sobre o que penso deles, e considerei o interesse justo, afinal, ambos são jogadores que (na minha opinião) justificam sua permanência no Alto da Glória.

Das saídas de Bill, Vitor Junior, Uelliton, Bottinelli, Escudero, Emerson Santos e Raul Ibérbia, só discordo da dispensa de Escudero.

Escudero era mal visto (e mal falado) pela imprensa local, muito porque não media palavras para criticar nosso rival Atlético. A imprensa, aliás, fez uma verdadeira campanha contra Escudero, focando apenas no seu estilo violento de jogo (e realmente era), ignorando as excelentes partidas que realizou tanto na zaga, quanto na lateral de campo.

Um zagueiro com qualidade para atuar pelo lado é algo complicado de se achar hoje em dia. Escudero reunia estas especifidades.

No mais, considero as dispensas e permanências acertadas. De contratações ainda não se pode falar, mas pelo que se houve, o diapasão vai ser este: Consciência, pés no chão e erro zero.

Um abraço!!
Luiz Berehulka

Luiz Berehulka

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